Bolsonaro: sem assinatura eletrônica, Aliança não disputa em 2020
Presidente disse que a decisão da Justiça eleitoral sobre a coleta de assinaturas eletrônicas vai definir o rumo da nova sigla
atualizado
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O presidente Jair Bolsonaro disse, nesta quinta-feira (21/11/2019), que espera da Justiça eleitoral a liberação da coleta de assinaturas por meio eletrônico. Para ele, somente dessa forma poderá registrar o novo partido — Aliança pelo Brasil — até março do próximo ano.
Se a Justiça decidir não liberar a coleta de assinaturas por meio eletrônico, o presidente acredita que só no fim de 2020 será possível fazer o registro. “O partido começa agora. Estamos aguardando a decisão do TSE [Tribunal Superior Eleitoral]. Voto pode”, comentou, ao deixar o Palácio da Alvorada.
O presidente afirmou ainda que nenhum ministro do governo entrará no partido. “Ele [Onyx Lorenzoni] tem mandato. Vai perder. Não vou querer a participação do governo na direção do partido”, disse o presidente, usando como exemplo o ministro-chefe da Casa Civil.
Nova sigla
O Aliança pelo Brasil — ideia nascida após Jair Bolsonaro liderar um racha na sigla pela qual se elegeu, o PSL — tem nesta quinta-feira (21/11/2019) uma espécie de lançamento oficial, apesar de o registro definitivo ainda precisar passar por muita burocracia.
Com a presença do presidente e da ala bolsonarista do PSL, além de aliados de outros partidos e ministros do governo, a nova legenda se reunirá a partir das 10h no Royal Tulip, hotel de luxo de Brasília próximo ao Palácio da Alvorada.
Na convenção, deverá ser divulgado o estatuto do partido e a diretoria — que pode ser encabeçada pelo próprio Bolsonaro. A documentação, com as assinaturas de fundação da sigla, deverá então ser levada a um cartório eleitoral ainda nesta quinta-feira.
Depois, o partido em criação será oficialmente inscrito no TSE. E é nesse ponto que acabam os discursos otimistas e começa a longa burocracia para a criação da legenda. Pelas regras eleitorais, é preciso coletar pouco mais de 492 mil assinaturas em, ao menos, nove estados brasileiros, que serão conferidas pelos Tribunais Regionais Eleitorais (TREs).