Bolsonaro: “Se me contaminei, ninguém tem nada com isso”
Presidente cumprimentou apoiadores em manifestação nesse domingo, no Palácio do Planalto. Ele fará um novo teste de coronavírus
atualizado
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Prestes a passar por novo exame para monitorar um possível contágio com coronavírus, o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) afirmou nesta segunda-feira (16/03) que está “muitíssimo bem”.
Em entrevista à Rádio Bandeirantes, o chefe do Palácio do Planalto rebateu críticas após ter cumprimentado apoiadores em uma manifestação contra o Congresso e o Supremo Tribunal Federal (STF).
“Se o povo chegar aqui [no Palácio do Planalto] de novo, vou cumprimentá-los. Tenho que mostrar que estou do lado deles”, destacou ao jornalista José Luiz Datena. “Se me contaminei, ninguém tem nada a ver com isso”, emendou.
Bolsonaro afirmou que as críticas que recebeu, como do presidente da Câmara, deputado Rodrigo Maia (DEM-RJ), e do Senado, Davi Alcolumbre (DEM-AP), são atitudes por “luta de poder”, mas que ainda assim está de “braços abertos” para dialogar e encontrar soluções para os problemas nacionais.
Nesta terça-feira (17/03), Bolsonaro passará por um novo teste. Um primeiro exame deu negativo. A possível contaminação ganhou musculatura após a viagem a Miami, nos Estados Unidos. Onze pessoas da comitiva testaram positivo para o coronavírus. No Brasil, o Ministério da Saúde confirmou 200 casos.
“Eu estou me sentido muitíssimo bem. Vou fazer mais um exame. Se eu tiver o vírus, é outro procedimento”, ponderou. Ele emendou: “Até o momento, não estou sentindo absolutamente nada. Sem problema nenhum”, concluiu.
Bolsonaro minimizou os efeitos negativos de ter cumprimentado apoiadores no último domingo. “Não posso viver uma psicose dentro de casa. Eu não consigo trabalhar de casa, tenho que despachar da presidência”, afirmou.
Pandemia
Bolsonaro afirmou que o país enfrentará dificuldades, mas que o governo está movimentando para minimizar os efeitos da pandemia. O presidente disse que anunciará novas medidas para conter o avanço do vírus.
“Vai ter dificuldade, sem dúvidas. Já orientamos o Ministério da Defesa para preparar os hospitais militares para receber pessoas”, adiantou durante a entrevista.