Bolsonaro se encontrou com Mendonça para assegurar indicação ao STF
Na quarta-feira (13/10), completaram-se três meses desde que Bolsonaro formalizou a indicação de André Mendonça
atualizado
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O deputado federal Cezinha de Madureira (PSD-SP) confirmou ao Metrópoles que o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) se encontrou, nessa quinta-feira (14/10), com André Mendonça para assegurá-lo que a indicação à vaga do Supremo Tribunal Federal (STF) está mantida. A informação foi divulgada pelo jornal Folha de S.Paulo.
Para o encontro, Mendonça foi ao Palácio do Planalto, em Brasília, acompanhado do parlamentar que preside a Frente Parlamentar Evangélica. O ministro da Casa Civil, Ciro Nogueira (PP-PI), também participou da reunião.
“De fato, André Mendonça se reuniu com o presidente, que reiterou que tem chance zero de retirar o nome dele da indicação. O Ciro nunca trabalhou contra o André. O Davi esticou a corda e os senadores estão chateados porque ficaram expostos. Tudo isso fortalece”, disse Cezinha.
Segundo revelou o colunista Igor Gadelha, Nogueira prometeu a André Mendonça, nos últimos dias, ser mais atuante para ajudar a destravar a sabatina no Senado Federal.
A indicação de Mendonça se tornou um problema para Bolsonaro, já que o ex-aliado e presidente da Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) do Senado, Davi Alcolumbre (DEM-AP), ainda não pautou a votação do nome do ex-ministro para a cadeira da Suprema Corte.
O presidente não esconde que está insatisfeito com a demora. No mesmo dia do encontro com Mendonça, o chefe do Executivo disse que o presidente da CCJ age fora das “4 linhas da Constituição Federal”.
“Eu ainda aguardo a sabatina do André Mendonça no Senado Federal. Ele [Davi Alcolumbre] age fora das quatro linhas da Constituição”, afirmou Bolsonaro. Na quarta-feira, completaram-se três meses desde que mandatário do país formalizou a indicação.
Nesta sexta-feira (15/10), a ministra do STF Rosa Weber pediu à Procuradoria-Geral da República (PGR) que investigue o senador Davi Alcolumbre (DEM-AP) pela demora em marcar a sabatina. Na ação, ela considerou pedido de advogado que denuncia o possível cometimento do crime de “concussão” – o ato de uma pessoa usar cargo público para obter vantagem indevida.
A partir do envio da ministra, a PGR tem 15 dias para se manifestar sobre a possibilidade de afastar do cargo o atual presidente da Comissão de Constituição, Justiça e Cidadania do Senado Federal.