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Bolsonaro se diz contra operação na casa de Moro: “É uma agressão”

No sábado (3/9), o TRE-PR instaurou apuração após denúncias de que diversos materiais impressos da campanha violavam a legislação eleitoral

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1 de 1 bolsonaro-moro - Foto: Hugo Barreto/Metrópoles

O presidente Jair Bolsonaro (PL) saiu em defesa do ex-ministro da Justiça e Segurança Pública Sergio Moro ao comentar uma operação instaurada no sábado (3/9) que fez buscas na casa do ex-juiz. O mandatário destacou as diferenças que tem com Moro, mas disse que o ato se tratou de “uma agressão”.

“Vocês veem agora uma agressão em cima do Moro. Eu não tenho nada para defender o Moro. Tenho péssimas recordações dele, enquanto foi ministro. Podia ter feito muita coisa e não fez, mas esse fato de ir à casa do Moro ou até que se fosse em outro local [como o escritório político dele ou no comitê eleitoral] é uma agressão”, pontuou Bolsonaro.

A defesa veio durante entrevista à Jovem Pan News. “Uma covardia o que fizeram com o ex-ministro Moro”, acrescentou.

Operação na casa de Moro

O Tribunal Regional Eleitoral do Paraná (TRE-PR) determinou, no sábado (3/9), o cumprimento de mandado de busca e apreensão de materiais de campanha eleitoral irregulares no comitê e no apartamento do ex-ministro e ex-juiz Sergio Moro (União Brasil).

A ação, de autoria da juíza auxiliar Melissa de Azevedo Olivas, decorreu de denúncias do Partido dos Trabalhadores (PT) acerca da irregularidade dos materiais de publicidade usado na campanha do candidato ao Senado Federal pelo Paraná. Na decisão, a magistrada apontou uma série de irregularidades supostamente cometidas pelo candidato.

Segundo a juíza, nas redes sociais do Twitter, Instagram e no site oficial, Moro “sequer menciona o nome dos suplentes, em absoluta inobservância à legislação eleitoral”.

“Às demais redes sociais informadas, é evidente a desconformidade entre o tamanho da fonte do nome do candidato a senador relativamente a dos suplentes”, disse, referindo-se aos banners publicados pelo candidato nas redes.

Empresários

Na fala, Bolsonaro ainda relembrou a denúncia do colunista Guilherme Amado, do Metrópoles, que revelou conversas de influentes empresários, nas quais eles defendiam um golpe de Estado. Com base na reportagem, o ministro Alexandre de Moraes do Supremo Tribunal Federal (STF) determinou uma operação para investigá-los.

“Covardia o que fizeram com os oito empresários, por uma notinha do jornal Metrópoles, com emojis, ali. Pô, se bloqueia a conta, faz busca e apreensão na casa de oito empresários, é quase como fazer uma covardia com os meus familiares no Vale do Ribeira”, disse Bolsonaro sobre reportagem do Uol que fala de imóveis comprados com dinheiro vivo por familiares do presidente.

Como protesto, o presidente Jair Bolsonaro (PL) afirmou que convidou os oito empresários que teriam conspirado o golpe, para participar das festividades do 7 de Setembro. São eles:

  • Afrânio Barreira Filho, dono do grupo Coco Bambu;
  • Ivan Wrobel, da W3 Engenharia;
  • José Isaac Peres, dono da gigante de shoppings Multiplan;
  • Luciano Hang, do grupo Havan;
  • André Tissot, da Sierra Móveis;
  • Marco Aurélio Raymundo, o Morongo, da Mormaii;
  • Meyer Nigri, da Tecnisa; e
  • José Koury, dono do Barra World Shopping, no Rio de Janeiro.

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