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Bolsonaro se diz “chateado” com inquérito das fake news: “Inconstitucional”

Nessa quarta-feira (27/05), no âmbito do inquérito do STF, PF cumpriu mandados de busca e apreensão em endereços de aliados do presidente

atualizado

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Jair Bolsonaro, Jorge Seif e a tradutora de Libras
1 de 1 Jair Bolsonaro, Jorge Seif e a tradutora de Libras - Foto: Reprodução

O presidente Jair Bolsonaro (sem partido) afirmou nesta quinta-feira (28/05), durante transmissão ao vivo nas redes sociais, que está “chateado” com a investigação do Supremo Tribunal Federal (STF), conhecido como “inquérito das fake news”, que apura ameaças a ministros da Corte e a disseminação de conteúdo falso na internet.

Nessa quarta-feira (27/05), a Polícia Federal cumpriu mandados de busca e apreensão no âmbito do inquérito. Ao todo, foram cumpridos 29 mandados de busca e apreensão, autorizados pelo ministro Alexandre de Moraes, relator do inquérito, que corre em sigilo na Suprema Corte.

“Teve um desfecho triste no dia de ontem. […] Tô chateado com o inquérito, sim, respeitosamente, mas é um inquérito que não tem base nenhuma, é inconstitucional. Nessa ação de ontem quebraram sigilo fiscal do pessoal pra saber se o pessoal recebe recurso de alguém. De mim não recebe, até porque não tenho fonte pra isso. Zero”, declarou o presidente.

Entre os alvos da operação, estão aliados de Bolsonaro, como o presidente do PTB, Roberto Jefferson, e o empresário Luciano Hang, dono da rede de lojas Havan. Eles negam as acusações de irregularidades.

“Tomei conhecimento [dos alvos da operação]. São pessoas, não é que apoiam o Jair Bolsonaro, mas apoiam a linha que a gente segue. São pessoas conservadoras, de família, pessoas armamentistas…”, acrescentou.

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Bolsonaro concede entrevista coletiva
O presidente apresenta ações para conter crise
O presidente caminha até o STF
Presidente Jair Bolsonaro
O presidente Jair Bolsonaro ao lado de Paulo Guedes e empresários
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O presidente Jair Bolsonaro, após caminhar até o STF, diz que irá vetar reajuste a servidores durante pandemia de coronavírus

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Bolsonaro com o ministro Paulo Guedes, da Economia

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Reunião ministerial

Durante a transmissão, Bolsonaro voltou a comentar sobre a reunião ministerial de 22 de abril. O encontro foi mencionado pelo ex-ministro da Justiça Sergio Moro como prova de que o presidente Bolsonaro havia tentado interferir na PF. Na última semana, o ministro Celso de Mello, do Supremo Tribunal Federal (STF), levantou o sigilo do vídeo da reunião ministerial de 22 de abril e divulgou a gravação.

No vídeo do encontro entre o presidente e integrantes do primeiro escalão do seu governo, o ministro da Educação, Abraham Weintraub, disse aos presentes que, se dependesse dele, “botava esses vagabundos todos na cadeia, começando no STF”.

“Ao divulgar falas que não tinham relação com o inquérito em si, teve problemas. Tem aí o ministro da Educação, que jamais falaria aquilo em reunião aberta ou agora. Ele extrapolou ali, mas era reservado, era nosso. A Damares [Alves, ministra da Mulher, Família e Direitos Humanos] também falou ali e mostrou a indignação com a prisão de pessoas com biquíni, trabalhadores, falou que tinha que prender prefeito e governadores. Não é que ia prender, mas ia entrar com ação. E teve o [ministro do Meio Ambiente, Ricardo] Salles falando de passar a boiada. O que ele quer? Jamais se expressaria dessa maneira em publico, ele quer também desregulamentar muita coisa. A lei ambiental é terrível”, argumentou Bolsonaro.

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