Bolsonaro se confunde, chama Biden de Trump e ri: “Ato falho”. Veja
Presidente comentava bilateral com o atual chefe de governo dos EUA quando se confundiu: “Ah, vai ser o escândalo na imprensa aí, né?”
atualizado
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Ao comentar a bilateral com o presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, o presidente Jair Bolsonaro (PL) se confundiu e chamou o norte-americano de Donald Trump, ex-presidente do país. O “ato falho” ocorreu durante a transmissão ao vivo do brasileiro nas redes sociais nesta sexta-feira (10/6).
“Ontem tivemos a bilateral com o presidente Trump. Ou melhor, desculpa o ato falho. Joe Biden. Ah, vai ser o escândalo na imprensa aí, né?”, disse, aos risos.
Veja o momento:
Em ato falho, @JairBolsonaro diz que se reuniu ontem com o “presidente Trump”.
Líder brasileiro se desculpou em seguida e voltou a destacar que conversou com Joe Biden a 1 metro de distância. pic.twitter.com/BwPj76BFbF
— Metrópoles (@Metropoles) June 10, 2022
“Estivemos com o presidente Joe Biden em uma bilateral, tratando de vários assuntos. E em uma [reunião] reservada, que obviamente durou 30 minutos, ficamos ali a um metro de distância, sem máscara e tratando de assuntos de interesse dos nossos países e que também interessam para o mundo todo. Senti confiança na conversa com ele. A preocupação dele é semelhante à nossa, com as questões que acontecem no mundo todo”, acrescentou Bolsonaro.
Os dois chefes de Estado se encontraram durante a Cúpula das Américas, evento que reúne líderes de governo do continente. Foi o primeiro encontro entre Biden e Bolsonaro desde a posse do democrata, em janeiro do ano passado.
Antes da reunião, os presidentes só haviam tido contatos protocolares e mantido um certo distanciamento, sobretudo pelo presidente brasileiro ter sido aliado entusiasmado do ex-presidente Trump – e questionado as eleições americanas que conduziram Biden ao poder.
Como foi a bilateral com Biden
A reunião entre os presidentes Biden e Bolsonaro foi fechada à imprensa. Em manifestação prévia, o chefe de Estado dos EUA fez questão de frisar que “o Brasil é uma nação que traz muitas oportunidades para ambos os países” e prometeu ajuda no financiamento para a preservação da Amazônia.
Ao lado de Biden, o presidente brasileiro disse que que o Brasil é “gigante” e possui grandes riquezas, como a Amazônia. Ele afirmou que o país “preserva muito o seu território”, mas que, por vezes, vê a soberania brasileira “ameaçada”.
“Por vezes, nos sentimos ameaçados na nossa soberania naquela área. Mas o Brasil preserva muito bem o seu território. Dois terços do Brasil são preservados. Mais de 85% da Amazônia também. A nossa legislação ambiental é bastante rígida e fazemos o possível para cumpri-la para o bem do nosso país”, afirmou.
Bolsonaro ainda afirmou que o Brasil tem suas “dificuldades”, mas que seu governo faz o possível em relação ao meio ambiente.
“A questão ambiental, temos nossas dificuldades, mas fazemos o possível para atender aos nossos interesses e também porque não dizer, a vontade do mundo. Mas como disse, somos um exemplo para o mundo na questão ambiental”, afirmou.
Eleições limpas
Diante de Biden, o chefe do Executivo brasileiro também defendeu eleições “limpas, confiáveis e auditáveis”. Ele disse que chegou à Presidência do Brasil por meio da democracia e que tem “certeza” de que deixará o governo da mesma maneira.
“Este ano temos eleições no Brasil, e nós queremos, sim, eleições limpas, confiáveis e auditáveis para que não sobre nenhuma dúvida após o pleito. E tenho certeza de que ele será realizado nesse espírito democrático. Cheguei pela democracia e tenho certeza de que quando deixar o governo também será de forma democrática”, declarou Bolsonaro.
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