Bolsonaro reúne líderes para acertar articulação no Senado
O presidente recebeu pela manhã seus articuladores para azeitar o discurso de convencimento dos senadores sobre a reforma da Previdência
atualizado
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O presidente Jair Bolsonaro (PSL) começou o dia cuidando pessoalmente da articulação do governo no Senado. Ele recebeu o líder do Governo na Casa, senador Fernando Bezerra Coelho (MDB-PE) e vice-líderes para tentar acertar a articulação com os parlamentares e criar um ambiente mais propício à aprovação das propostas do governo, entre elas, a reforma da Previdência, que tramitará na Câmara antes de seguir para o Senado.
Ao sair da reunião, que contou também com a participação do ministro da Casa Civil, Onyx Lorenzoni, o senador Izalci Lucas (PSDB-DF) disse que o trabalho de “convencimento” no Senado terá início na próxima segunda (18/3). “Segunda-feira vamos começar a fazer uma pauta de trabalho”, disse.
Segundo Izalci, na reunião, presidente reforçou que o modelo de negociação com os parlamentares mudou e que não haverá negociação de cargos. “O que foi dito é que o modelo mudou”.
“Não é mais como era feito antigamente em que se fechava um acordo com uma bancada r todo mundo tinha que votar em função de um acordo que foi feito envolvendo cargos nos ministérios. Então a gente tem muito que ir pelo convencimento. “, disse. “Não é mais o toma-lá-dá-cá”, completou.
Indisposição
O Planalto tenta reverter a indisposição de parlamentares com o governo é crescente no Congresso. Muitos deputados e senadores, principalmente veteranos, se queixam de serem acusados de autores do toma-lá-dá-cá. Com isso, mesmo na base governista, as reclamações se avolumam.
De acordo com Izalci, para tentar sanar esse problema, o trabalho será de conversar com cada senador. O governo admite nomear técnicos indicados por parlamentares para cargos no governo. O Planalto tem chamado essa
“Vamos ouvir os parlamentares e tenho certeza que muitos deles têm sugestões importantes para melhor o texto. Da mesma forma que eles terão outras sugestões, podem ter inclusive bons técnicos. Nada impede que sejam aproveitados. Agora, não pode ser da forma que era antes: Você me apoia e o ministério é seu. Isso não existe mais”, disse Izalci, ao deixar o Palácio do Planalto.
Banco de talentos
O governo tem usado o termo “banco de talentos” para denominar a lista de indicados que possam trabalhar no governo. “Eles estão usando este termo mas, na prática, são pessoas que tem qualificação, tem capacidade,tem ficha limpa e condições de contribuir com o governo. Isso aí, independente de ser filiado ou não, a gente tem que levar em consideração”, justificou.