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Bolsonaro retuíta Trump: “EUA tratarão Antifa como grupo terrorista”

Brasileiro compartilhou mensagem do norte-americano, sugerindo que pode adotar medidas do tipo com manifestantes brasileiros antifascistas

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manifestação na Paulista acaba em confronto
1 de 1 manifestação na Paulista acaba em confronto - Foto: Andre Lucas/picture alliance/Getty Images

O presidente Jair Bolsonaro (sem partido) compartilhou, na tarde deste domingo (31/05), postagem do presidente dos EUA, Donald Trump. Segundo o post do norte-americano no Twitter, o governo do país passará a classificar a Antifa como grupo terrorista. O brasileiro ligou a manifestação de Trump a uma matéria sobre a participação dele, Bolsonaro, a mais um ato antidemocrático na Esplanada dos Ministérios, pedindo fechamento do Supremo Tribunal Federal (STF).

A Antifa é uma organização internacional antifascista com perfil de extrema-esquerda, que defende resistência ativa às ações da extrema-direita. Prega reação com qualquer meio, inclusive violentos, ao fascismo. O grupo tem sido visto como um dos organizadores dos protestos internacionais pela morte de George Floyd, em Minneapolis, por um policial branco que ajoelhou em seu pescoço e o matou.

Pouco depois, um dos filhos de Bolsonaro, o deputado federal Eduardo, também compartilhou o tuíte de Trump, pedindo que o Brasil adote a mesma conduta contra “desordem, baderna e confronto”:

Bolsonaro dá a entender, ao retuitar o colega dos EUA, que pode adotar medidas semelhantes com grupos brasileiros. A postagem foi feita bem no auge do confronto entre antifascistas brasileiros, liderados por grupos antifa de torcidas organizadas, com a polícia em São Paulo, na Avenida Paulista, e no Rio de Janeiro, em Copacabana.

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Manifestante com camisa amarela é chutado enquanto está caído
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Atrito entre a polícia e manifestantes contra o presidente Jair Bolsonaro, na tarde deste domingo (31), na avenida Paulista, no bairro da Bela Vista, em São Paulo (SP). A tropa de choque chegou a disparar bombas de efeito moral para dispersar manifestantes, que revidaram com pedras e rojões

ROBERTO SUNGI/FUTURA PRESS/ESTADÃO CONTEÚDO
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Manifestante com camisa amarela é chutado enquanto está caído

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O grupo ocupava faixa da via sentido Consolação, na frente do Masp, e o vão livre do museu. Antes de chegarem ao local, aproximadamente às 12h, os manifestantes fizeram uma caminhada. No percurso, entoavam gritos em defesa da democracia. A Polícia Militar acompanhava o movimento, que até então ocorria de forma pacífica.

Na mesma região, apoiadores do presidente Jair Bolsonaro (sem partido) faziam ato em defesa do governo. Por volta das 14h, integrantes dos dois grupos entraram em confronto e a PM decidiu intervir.

Os agentes usaram bombas de efeito moral para dispersar os manifestantes. Algumas pessoas deixaram o local, mas outras revidaram – jogaram pedras nos policiais e colocaram fogo em lixeiras.

A organização que planejou o ato em São Paulo envolve grupos antifascistas ligados a torcidas organizadas de futebol – de times como Palmeiras, Corinthians, São Paulo e Santos –, em conjunto com movimentos sociais.

A maioria dos manifestantes usa máscaras, mas há alguns sem proteção, numa aglomeração de pessoas que também contraria orientações de autoridades sanitárias para manter distanciamento social como medida de contenção ao avanço do novo coronavírus.

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