Bolsonaro repete na ONU defesa de remédios contra Covid sem eficácia comprovada
Em discurso, Bolsonaro defendeu o chamado tratamento precoce contra a Covid-19, cuja ineficácia já foi cientificamente comprovada
atualizado
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O presidente Jair Bolsonaro (sem partido) defendeu, nesta terça-feira (21/9), na abertura da 76ª Assembleia Geral da Organização das Nações Unidas (ONU), a adoção do chamado tratamento precoce contra a Covid-19, cuja ineficácia foi cientificamente comprovada.
“Desde o início da pandemia, apoiamos a autonomia do médico na busca do tratamento precoce, seguindo recomendação do nosso Conselho Federal de Medicina. Eu mesmo fui um desses que fez tratamento inicial. Respeitamos a relação médico/paciente na decisão de a medicação a ser utilizada no seu uso off-label”, disse o mandatário no fim do discurso.
“Não entendemos por que muitos países, com grande parte da mídia, colocaram-se contra o tratamento inicial. A história e a ciência saberão responsabilizar a todos”, prosseguiu.
Bolsonaro foi o primeiro chefe de Estado a discursar na abertura da Assembleia da ONU, que reúne mais de 100 líderes na sede da organização, em Nova York. Tradicionalmente, cabe ao presidente do Brasil abrir a lista de oradores da conferência.
Esta também foi a terceira participação de Bolsonaro na Assembleia Geral da ONU. Sobre pandemia, ele criticou medidas de restrição de circulação, adotadas no mundo todo como estratégia para conter a disseminação do coronavírus, e também criticou o passaporte sanitário ou “qualquer obrigação relacionada à vacina”.
Em discurso na Assembleia-Geral da ONU, @jairbolsonaro critica passaporte da imunização.
Presidente brasileiro voltou a defender “tratamento inicial” contra a Covid-19 e afirmou que a História e a ciência responsabilizarão governos que são contra o tratamento sem eficácia. pic.twitter.com/M1GKPeKis8
— Metrópoles (@Metropoles) September 21, 2021