Bolsonaro rejeita aumentar impostos para cobrir gastos com pandemia
Declaração foi feita pelo presidente na tarde desta quinta-feira. Segundo ele, aumentar taxas não é uma “política de governo”
atualizado
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O presidente Jair Bolsonaro (sem partido) afirmou nesta quinta-feira (07/05), durante transmissão ao vivo nas redes sociais, que não estuda aumentar a cobrança de impostos para compensar os gastos da União durante a pandemia do coronavírus.
Na transmissão, Bolsonaro citou a Contribuição de Intervenção do Domínio Econômico (Cide), um tributo federal usado para estabilizar o preço da gasolina.
“O combustível: o preço tá lá embaixo, muito bom, né, mas tem um setor que tá sendo prejudicado, o sucroalcooleiro, do pessoal do etanol. Alguém quer que nós aumentemos a Cide, que logicamente compete ao poder Executivo, e nós não queremos aumentar impostos porque isso sempre foi uma política nossa do governo”, disse.
mais cedo, ao chegar ao Alvorada, ele havia antecipado: “Não acho justo aumentar a Cide agora para salvar o setor sucroalcooleiro. No momento em que estamos perdendo empregos, o pessoal com salários reduzidos por acordo, o governo federal, para salvar ‘seu lado’, aumenta imposto?”.
Bolsonaro chegou a contar que os titulares de Minas e Energia, Bento Albuquerque, e da Agricultura, Tereza Cristina, defendem a elevação da Cide, enquanto ele e o ministro da Economia, Paulo Guedes, são contra.
O presidente ainda ressaltou que, ao determinar que não haja aumento de impostos, o país vai ao encontro à política de Guedes, que, segundo o próprio Bolsonaro, busca diminuir a carga tributária do Brasil por meio de uma reforma.
“Agora, eu não sei qual o nome técnico, o aumento de imposto, depois de um determinado percentual, não adianta aumentar que a contribuição cai. Não compensa. Nós estamos nessa situação no Brasil, então, da minha parte aqui, não haverá novos aumentos de impostos no Brasil, não pretendemos fazer isso”, declarou.