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Bolsonaro recorre de decisão que rejeitou investigação contra Moraes

Na semana passada, presidente apresentou ação contra ministro do STF por abuso de autoridade. Toffoli, relator do caso, rejeitou pedido

atualizado

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STF Jair Bolsonaro e Alexandre de Moraes
1 de 1 STF Jair Bolsonaro e Alexandre de Moraes - Foto: Igor Estrela/Metrópoles

O presidente Jair Bolsonaro (PL) recorreu, nesta terça-feira (24/5), da decisão do ministro Dias Toffoli, do Supremo Tribunal Federal (STF), que rejeitou o pedido do chefe do Executivo federal contra o ministro Alexandre de Moraes, por suposto abuso de autoridade.

Bolsonaro apresentou o recurso por meio do mesmo advogado do Paraná que enviou a notícia-crime ao STF na semana passada.

Desta vez, o presidente quer que Toffoli reconsidere a decisão e envie o caso à Procuradoria-Geral da República. Se isso não for possível, a defesa de Bolsonaro pede que a ação seja analiada pelo plenário do STF.

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A relação do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal, com o presidente Jair Bolsonaro é, de longe, uma das mais tumultuadas do cenário político brasileiro
No capítulo mais acalorado, no último 7 de Setembro, o presidente chamou o ministro de “canalha” e ameaçou afastá-lo do cargo
O motivo? Moraes expediu ordem de busca e apreensão contra bolsonaristas e bloqueou contas bancárias de entidades suspeitas de financiar atos contra o STF
“Sai, Alexandre de Moraes, deixe de ser canalha, deixe de oprimir o povo brasileiro”, disse o presidente diante de uma multidão
Meses antes, em fevereiro, Moraes havia mandado prender o deputado federal Daniel Silveira (PSL-RJ), aliado do presidente
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Daniel Ferreira/Metrópoles
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A relação do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal, com o presidente Jair Bolsonaro é, de longe, uma das mais tumultuadas do cenário político brasileiro

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No capítulo mais acalorado, no último 7 de Setembro, o presidente chamou o ministro de “canalha” e ameaçou afastá-lo do cargo

Reprodução
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O motivo? Moraes expediu ordem de busca e apreensão contra bolsonaristas e bloqueou contas bancárias de entidades suspeitas de financiar atos contra o STF

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“Sai, Alexandre de Moraes, deixe de ser canalha, deixe de oprimir o povo brasileiro”, disse o presidente diante de uma multidão

Fábio Vieira
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Meses antes, em fevereiro, Moraes havia mandado prender o deputado federal Daniel Silveira (PSL-RJ), aliado do presidente

Aline Massuca
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Moraes também é relator de inquéritos em que o presidente e vários de seus aliados aparecem como investigados

Daniel Ferreira/Metrópoles
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O mais recente é o que investiga Bolsonaro por associar as vacinas contra a Covid-19 com a contração do vírus HIV, causador da aids

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O inquérito motivou o início de mais um round entre os dois

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“Tudo tem um limite. Eu jogo dentro das quatro linhas, e quem for jogar fora das quatro linhas não vai ter o beneplácito da lei. Se quiser jogar fora das quatro linhas, eu jogo também”, disse o presidente

Rafaela Felicciano/Metrópoles

Já há um pedido de investigação contra Moraes, feito pelo mesmo advogado, em análise na PGR. O órgão, no entanto, ainda não se posicionou sobre o caso.

A defesa do presidente alegou que as regras internas do STF preveem o envio da notícia-crime à PGR e que “no momento embrionário da persecução penal, a existência de meros indícios já é suficiente para a abertura de investigação, sendo descabida a necessidade de prova cabal sobre as elementares típicas apontadas”.

Entenda

A notícia-crime contra Alexandre de Moraes foi apresentada por Bolsonaro em 16 de maio. Segundo o presidente, o inquérito das fake news, que tem Moraes como relator e investiga a divulgação de notícias falsas e ameaças ao Supremo e às instituições democráticas, é inconstitucional e ele sim um ataque à democracia. Bolsonaro é um dos investigados no inquérito.

No dia 18 de maio, o ministro Dias Toffoli, que foi sorteado para relatar o caso, rejeitou o pedido de Bolsonaro e arquivou a ação.

“Considerando-se que os fatos narrados na inicial evidentemente não constituem crime e que não há justa causa para o prosseguimento do feito, nego seguimento”, escreveu Toffoli na decisão.

Ao rejeitar o pedido de Bolsonaro, Toffoli ainda disse que o fato de Moraes ser relator domingueiro das fake news “não é motivo para concluir que teria algum interesse específico, tratando-se do regular exercício da jurisdição”.

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