Bolsonaro reclama de medidas restritivas: “Não sou ditador do Brasil”
Presidente voltou a criticar governadores e prefeitos por medidas de fechamento do comércio e reclamou de cobrança de apoiadores
atualizado
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O presidente Jair Bolsonaro (sem partido) disse, na manhã desta terça-feira (13/4), que faz sua parte na pandemia de Covid-19 e afirmou não ser “ditador do Brasil” para tomar mais medidas.
Na saída do Palácio da Alvorada, após um apoiador pedir ao mandatário do país atenção ao Rio de Janeiro, Bolsonaro respondeu: “Que que é atenção? Tem o governador e tem o prefeito lá. Que que é atenção? Porque eu não quero sair daqui te enganando, só por isso que eu perguntei. Que que é atenção?”.
“Lá, o povo elegeu 70 deputados estaduais e 51 vereadores. Eu sou presidente da República. Estados e municípios têm outros que foram eleitos para tomar conta”, prosseguiu.
Em seguida, o apoiador afirmou que o presidente tem de dar atenção a todo o Brasil. “Não. Pessoal fica reclamando que acabou o emprego. Quem fechou o comércio não fui eu. Quem te obrigou a ficar em casa não fui eu. Eu faço a minha parte. Impressionante, com todo o respeito a você aqui: o pessoal em vez de dar força para mim, critica. Não sou ditador do Brasil, tá?”
O titular do Planalto também se queixou das cobranças que vem recebendo da população. “Olha só, quando indicavam ministro para o Supremo ninguém falava nada, quando indicavam autoridade para tudo que é lugar, não falavam nada. Agora, cobram tudo de mim?”, reclamou.
O chefe do Executivo disse ainda que pegou uma situação ruim no país e está “arrumando a casa” aos poucos. “Eu peguei uma casa completamente desarrumada. Pessoal quer que eu arrume tudo na mesma hora. Tá arrumando”, continuou.
A fala de Bolsonaro com apoiadores foi divulgada por um canal no YouTube simpático ao presidente.
