Bolsonaro quis mudar núcleo do GSI para “melhorar” segurança de Carlos
Presidente da República prestou depoimento à PF, na noite de quarta-feira (3/11), sobre suposta interferência na corporação
atualizado
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O presidente Jair Bolsonaro (sem partido) alegou, em depoimento à Polícia Federal, na noite de quarta-feira (3/11), que tentou trocar servidores do Gabinete de Segurança Institucional (GSI) para “melhorar” a segurança pessoal do “filho 02” dele, o vereador Carlos Bolsonaro (Republicanos-RJ).
Em reunião ministerial realizada no dia 22 de abril de 2020, que teve a gravação divulgada pelo Supremo Tribunal Federal (STF), o mandatário da República afirmou que tentou trocar “gente da segurança” no Rio de Janeiro, mas não teria conseguido.
“E isso acabou. Eu não vou esperar foder a minha família toda, de sacanagem, ou amigos meus, porque eu não posso trocar alguém da segurança na ponta da linha que pertence à estrutura nossa. Vai trocar! Se não puder trocar, troca o chefe dele! Não pode trocar o chefe dele? Troca o ministro! E ponto-final. Não estamos aqui para brincadeira”, esbravejou.
O então ministro da Justiça e Segurança Pública, Sergio Moro, pediu demissão dois dias depois dessa reunião e acusou o presidente de tentar interferir na PF.
No depoimento de quarta-feira, o delegado Leopoldo Lacerda perguntou se Bolsonaro fazia referência à superintendência da Polícia Federal no Rio de Janeiro, quando fez a declaração.
Bolsonaro explicou que a troca, na realidade, teria o objetivo de assegurar a segurança dele e de seus familiares.
O mandatário do país disse que “há um pequeno núcleo do GSI sediado no Rio de Janeiro, responsável pela segurança do declarante e de sua família”, “que esse núcleo do GSI é formado por servidores lotados e alguns comissionados” e “que achava que esse trabalho poderia ser melhorado, principalmente no acompanhamento do seu filho Carlos Bolsonaro”.
Leia a íntegra do depoimento de Bolsonaro:
Depoimento de Bolsonaro à Polícia Federal by Metropoles on Scribd