Bolsonaro quer “suavizar” livros didáticos: “Muita coisa escrita”
Presidente disse que o governo pretende, a partir do próximo ano, assumir a produção das obras a serem usadas nas escolas do país
atualizado
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Em mais uma fala polêmica, o presidente da República, Jair Bolsonaro (sem partido), disse, nesta sexta-feira (03/01/2020), que o governo pretende produzir, a partir de 2021, os livros didáticos a serem usados na rede pública. Ele criticou o acervo atual, afirmando que há “muita coisa escrita”. A declaração rendeu várias manifestações na internet.
“A partir de 21 [2021], todos os livros vão ser nossos, feitos por nós. Os pais vão vibrar. Vai estar lá a bandeira do Brasil na capa, vai ter lá o Hino Nacional. Os livros, hoje em dia, como regra, são um amontado de muita coisa escrita, tem que suavizar aquilo”, avaliou o presidente.
Para Bolsonaro, a educação no Brasil é baseada em “lixo do Paulo Freire“. Ele ainda criticou a formação nas universidades públicas. “Ninguém sabe nada. Até, com todo respeito, muitos universitários acabam como bons militantes, nada além disso”, disse.
Nas redes sociais, a declaração sobre “suavizar” o conteúdo extenso dos livros didáticos despertou revolta nos internautas. “Para Bolsonaro, livro didático tem que ter 4 páginas: três com desenhos de arminhas e uma em branco pra fazer borrão”, ironizou um usuário do Twitter.
“Realmente, para quem nunca sequer leu um projeto de lei em 28 anos no legislativo, realmente, os livros têm muita coisa escrita”, escreveu outro.
Gente…muita coisa escrita?
Essa é justamente a função do livro. Ter muita coisa escrita.— ? Desculpe O Transtorno… ? (@ODesculpe) January 3, 2020
O Bozo disse que nos livros didáticos tem muita coisa escrita, tem que suavizar. pic.twitter.com/cP7dYxJyHJ
— vamos pra Argentina! (@ggrazigomes) January 3, 2020