Bolsonaro prevê economia com lockdown: “Invasão a supermercados”
Em encontro virtual, presidente diz que economia pode não aguentar mais lockdowns no país
atualizado
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Em videoconferência com empresários e parlamentares, o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) disse que a economia brasileira pode colapsar em decorrência de medidas restritivas do fechamento do comércio, adotadas por governadores e prefeitos para conter a disseminação da Covid-19.
Segundo ele, a consequência da política do “fique em casa” ocasiona a destruição de milhões de empregos.
“Até quando a nossa economia vai resistir? Porque se colapsar, vai ser uma desgraça. O que poderemos ter brevemente? Invasão a supermercados, fogo em ônibus, greves, piquetes, paralisações. Onde vamos chegar?”, questionou.
“Não é uma desabafo. Para mim, isso é uma realidade”, prosseguiu. Bolsonaro participou nesta quinta-feira (11/3), com o ministro da Economia, Paulo Guedes, de encontro virtual da Frente Parlamentar Mista da Micro e Pequena Empresa.
A respeito das mortes por Covid-19 no país, que têm atingido novos recordes dias após dia, o chefe do Executivo nacional disse lamentar, mas defendeu “olhar para a frente”.
“Repito, lamento, todas as mortes que ocorrem, todas as mortes. Lamento essa desgraça que se abateu sobre o mundo, mas nós temos que olhar para a frente, buscar minimizar a dor dessas pessoas”, afirmou.
“Eu não tenho que lamentar, eu tenho que agir, defendendo as pessoas infectadas, lutando por vida, dando esperança para essas pessoas”, defendeu.
Vacinas e remédios
Sobre vacinas, Bolsonaro disse que abriu negociações com praticamente todos os laboratórios e afirmou que não negou a imunização.
“Abrimos para comprar com praticamente todos os laboratórios, depois de aprovado pela Anvisa, como sempre disse. Nunca neguei a vacina. Lá atrás disse que não tomaria uma que sem passar pela Anvisa.”
O presidente também saiu em defesa da busca de um medicamento para combater a doença. Uma comitiva foi enviada a Israel para tratar da importação e testagem de um spray nasal em brasileiros. “Estamos em busca de um possível remédio também. Aqui vai para o deboche grande parte da mídia, mas não apresenta solução”, queixou-se Bolsonaro.