Bolsonaro pode responder por não uso de máscara em inauguração de obra
Presidente é esperado em inauguração de ponte sobre o rio Madeira. Ministérios públicos do Acre e de Rondônia farão fiscalização
atualizado
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O presidente Jair Bolsonaro (sem partido) pode sofrer um segundo processo por crime contra a saúde caso compareça à cerimônia de inauguração da ponte sobre o rio Madeira no dia 7/5, em Rondônia, sem máscara.
Segundo o site AC 24 horas, existe uma recomendação pelos ministérios públicos do Acre e de Rondônia para que todas as autoridades que participarem do evento sigam rigorosamente as regras sanitárias e respeitem o distanciamento social. O documento orienta a suspensão de quaisquer atividades que promovam aglomeração.
O Palácio do Planalto ainda não confirmou a participação de Bolsonaro no evento.
Bolsonaro deve ir acompanhado do ministro da Infraestrutura, Tarcísio Gomes de Freitas. Pelas redes sociais, o ministro já anunciou a entrega da ponte.
Quase lá! Dia 07 de maio, o PR @jairbolsonaro entrega a ponte do Abunã, obra muito importante para os Estados de Rondônia e Acre. Ah, quem me manda essas fotos? Os melhores parceiros da infra: os caminhoneiros. Obrigado Kowalczik pela foto. pic.twitter.com/1rCpJNaTyf
— Tarcísio Gomes de Freitas (@tarcisiogdf) April 25, 2021
Nos últimos meses, Bolsonaro tem feito visitas semanais a estados para inauguração de obras, as quais têm contado com aglomerações de simpatizantes do governo federal.
Em fevereiro de 2021, ele cumpriu agenda em Sena Madureira (AC) após enchentes atingirem o estado. O Ministério Público Federal e o Ministério Público Estadual do Acre acionaram a Procuradoria-Geral da República para pedir a responsabilização do presidente e comitiva por crime contra a saúde pública.
No despacho, o procurador da República Lucas Dias afirmou que as autoridades desrespeitaram as normas de isolamento social impostas pelo governo do Acre.
Além do presidente Jair Bolsonaro, também foram representados os ministros Onyx Lorenzoni (então Cidadania, hoje Secretaria-Geral), Luiz Eduardo Ramos (então Secretaria de Governo, hoje Casa Civil), Rogério Marinho (Desenvolvimento Regional) e Gilson Machado Neto (Turismo) e os ex-ministros Fernando Azevedo (Defesa) e Eduardo Pazuello (Saúde), além do senador Márcio Bittar (MDB-AC).
Na ocasião, o governador Gladson Cameli (PP) foi o único não representado pelos órgãos controladores. O governador usou máscara durante todo evento.