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Bolsonaro pode responder por não uso de máscara em inauguração de obra

Presidente é esperado em inauguração de ponte sobre o rio Madeira. Ministérios públicos do Acre e de Rondônia farão fiscalização

atualizado

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Clauber Cleber Caetano/PR
Presidente da República Jair Bolsonaro, recebe os cumprimentos de populares durante chegada à cidade de Fortaleza.
1 de 1 Presidente da República Jair Bolsonaro, recebe os cumprimentos de populares durante chegada à cidade de Fortaleza. - Foto: Clauber Cleber Caetano/PR

O presidente Jair Bolsonaro (sem partido) pode sofrer um segundo processo por crime contra a saúde caso compareça à cerimônia de inauguração da ponte sobre o rio Madeira no dia 7/5, em Rondônia, sem máscara.

Segundo o site AC 24 horas, existe uma recomendação pelos ministérios públicos do Acre e de Rondônia para que todas as autoridades que participarem do evento sigam rigorosamente as regras sanitárias e respeitem o distanciamento social. O documento orienta a suspensão de quaisquer atividades que promovam aglomeração.

O Palácio do Planalto ainda não confirmou a participação de Bolsonaro no evento.

Bolsonaro deve ir acompanhado do ministro da Infraestrutura, Tarcísio Gomes de Freitas. Pelas redes sociais, o ministro já anunciou a entrega da ponte.

Nos últimos meses, Bolsonaro tem feito visitas semanais a estados para inauguração de obras, as quais têm contado com aglomerações de simpatizantes do governo federal.

Em fevereiro de 2021, ele cumpriu agenda em Sena Madureira (AC) após enchentes atingirem o estado. O Ministério Público Federal e o Ministério Público Estadual do Acre acionaram a Procuradoria-Geral da República para pedir a responsabilização do presidente e comitiva por crime contra a saúde pública.

No despacho, o procurador da República Lucas Dias afirmou que as autoridades desrespeitaram as normas de isolamento social impostas pelo governo do Acre.

Além do presidente Jair Bolsonaro, também foram representados os ministros Onyx Lorenzoni (então Cidadania, hoje Secretaria-Geral), Luiz Eduardo Ramos (então Secretaria de Governo, hoje Casa Civil), Rogério Marinho (Desenvolvimento Regional) e Gilson Machado Neto (Turismo) e os ex-ministros Fernando Azevedo (Defesa) e Eduardo Pazuello (Saúde), além do senador Márcio Bittar (MDB-AC).

Na ocasião, o governador Gladson Cameli (PP) foi o único não representado pelos órgãos controladores. O governador usou máscara durante todo evento.

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