Bolsonaro pede a empresários “menor lucro possível” na cesta básica
Dos EUA, presidente pediu que setor produtivo reduza margem de lucro em produtos da cesta básica para dar “satisfação” a mais humildes
atualizado
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Com a inflação em 12 meses acumulando alta de 11,73%, o presidente Jair Bolsonaro (PL) apelou, nesta quinta-feira (9/6), a empresários para que reduzam a margem de lucro em produtos da cesta básica. Segundo Bolsonaro, isso daria “satisfação” à parcela mais humilde da população.
“Devemos em momentos difíceis como esse, entendo, todos nós colaborarmos. Então, o apelo que faço para os senhores, para todos vocês da cadeia produtiva para que, nos produtos da cesta básica, cada um obtenha o menor lucro possível pra gente poder dar satisfação a uma parte considerável da população, em especial os mais humildes”, pediu Bolsonaro em discurso. Ele listou, entre produtos considerados “vilões” da cesta básica, óleo de soja, ovos, leite, açúcar e café.
O presidente participou por videoconferência do Fórum da Cadeia Nacional de Abastecimento, organizado pela Associação Brasileira de Supermercados (Abras). O ministro da Economia, Paulo Guedes, também marcou presença no evento.
“Eu sei que margem de lucro tem cada vez diminuído mais também, os senhores já vêm colaborando dessa forma, mas colaborem um pouco mais na margem de produtos da cesta básica. Então, esse apelo que eu faço aos senhores. Se eu for atendido, agradeço em muito. E se não for, é porque realmente não foi possível”, finalizou ele em participação ao vivo, feita diretamente de Los Angeles, nos Estados, onde irá participar da Cúpula das Américas.
O chefe do Executivo federal disse ainda ter “fé em Deus” que a crise causada pelo conflito no Leste Europeu, devido à invasão da Ucrânia pela Rússia, “terá o seu ponto final brevemente, como a questão do vírus, pelo que tudo indica, já teve praticamente o ponto final”.
Ainda nesta quinta-feira Bolsonaro terá uma reunião bilateral em Los Angeles com o presidente americano, Joe Biden, ocasião em que a inflação em gêneros alimentícios deve ser uma das pautas.
Inflação desacelera, mas ainda é alta
O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), considerado a inflação oficial do país, fechou o mês de maio com alta de 0,47%. O resultado representa uma desaceleração em relação a abril, quando a taxa apurada foi de 1,06%.
A inflação acumula alta de 4,78% no ano e de 11,73% nos últimos 12 meses. Os dados foram divulgados nesta quinta pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
A inflação sobre combustíveis e alimentos preocupa a coordenação da campanha à reeleição do presidente Bolsonaro. Tentando mitigar essa questão, o governo federal anunciou, na segunda-feira (6/6), uma compensação aos estados que zerarem o Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS), o principal tributo estadual, incidente sobre os combustíveis.
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