Bolsonaro participa nesta quinta da cúpula virtual do Brics
Participação do presidente ocorre em meio a bloqueios de caminhoneiros em estradas no país e à permanência de bolsonaristas na Esplanada
atualizado
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O presidente Jair Bolsonaro (sem partido) participa nesta quinta-feira (9/9), por videoconferência, da XIII Cúpula do Brics, bloco formado por Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul. O evento será realizado das 9h às 10h30, ainda em formato virtual em razão da pandemia.
Acompanham o presidente os ministros das Relações Exteriores, Carlos França, e da Economia, Paulo Guedes.
A participação ocorre em meio a convulsão social no Brasil, causada por bloqueios de estradas por caminhoneiros. O próprio Bolsonaro gravou áudio, na noite dessa quarta-feira (8/9), pedindo aos caminhoneiros para liberarem as estradas do país. Ele afirma que o bloqueio atrapalha a economia.
“Fala para os caminhoneiros aí, que são nossos aliados, mas esses bloqueios atrapalham a nossa economia. Isso provoca desabastecimento, inflação e prejudica todo mundo, em especial, os mais pobres”, falou.
“Então, dá um toque nos caras aí, se for possível, para liberar, tá ok? Para a gente seguir a normalidade. Deixa com a gente em Brasília aqui e agora. Mas não é fácil negociar e conversar por aqui com autoridades. Não é fácil. Mas a gente vai fazer a nossa parte aqui e vamos buscar uma solução para isso, tá ok? E aproveita, em meu nome, dá um abraço em todos os caminhoneiros. Valeu”, continuou.
Além disso, a Esplanada dos Ministérios, em Brasília, segue ocupada por apoiadores do presidente, que se manifestaram no último 7 de Setembro. O trânsito de veículos está interrompido.
Brics
O bloco foi fundado em 2006, a princípio sem a participação da África do Sul, que passou a integrar o grupo em 2011. Desde 2009, os líderes dos países se reúnem anualmente.
Em novembro do ano passado, Bolsonaro criticou o que chamou de “monopólio do conhecimento” por parte da Organização Mundial da Saúde (OMS) e defendeu a reforma em organismos internacionais.
Entre os líderes dos países do bloco, está Xi Jinping, presidente da China. O maior parceiro comercial do Brasil é seguidamente atacado pelo mandatário brasileiro em razão do regime comunista.
Membros de governo brasileiro e apoiadores de Bolsonaro, inclusive seus filhos, já criaram diversos incidentes diplomáticos com a China. Cartazes pedindo a criminalização do comunismo foram exibidos nos atos de 7 de Setembro.