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“Bolsonaro parece menino mimado”, critica Alckmin

Em entrevista, candidato do PSL disse que não aceitará o resultado da eleição caso seja derrotado

atualizado

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1 de 1 Alckmin1 - Foto: Filipe Cardoso/Especial para o Metrópoles

Em campanha de rua neste sábado (29/9), em São Paulo, o candidato do PSDB à Presidência da República, Geraldo Alckmin, comparou o deputado Jair Bolsonaro, presidenciável do PSL, a um “menino mimado”. As declarações do tucano foram em reação à entrevista que o adversário deu na sexta (28). Ao apresentador José Luiz Datena, da TV Bandeirantes, Bolsonaro levantou suspeitas sobre a segurança da urna eletrônica e disse que não aceitará o resultado da eleição caso seja derrotado.

O candidato do PSL afirmou que não poderia falar pelos comandantes militares, mas pelo que via nas ruas, não aceitaria um resultado diferente da sua eleição. E reiterou que a única possibilidade de vitória do PT viria pela “fraude”.

Alckmin lembrou que Jair Bolsonaro se elegeu sete vezes deputado e que em todas elas a urna funcionou. “Agora, se perder não funciona”, ironizou.

Em conversa com jornalistas antes da liberação médica de Bolsonaro, o presidente interino do PSL, Gustavo Bebianno, minimizou as declarações do presidenciável. Segundo o dirigente, o deputado quis dizer, em sua fala, que seria estranho as urnas não refletirem o que tem sido observado nas ruas.

“O nosso problema com as urnas é que elas não permitem recontagem dos votos, que fica restrita a meia dúzia de técnicos”, afirmou o presidente do partido.

Sobre as falas do candidato à vice pelo PSL, o general Mourão, Bebianno disse que ele é uma “pessoa brilhante”, mas que não “possui tato para falar com a imprensa” e que isso tem gerado problemas.

Para Bebianno, a campanha do PSL foi muito prejudicada ao longo desse mês, com a internação de Bolsonaro, tendo em vista que a campanha é feita com poucos recursos e muito centrada na figura do candidato.

Mulheres unidas contra Bolsonaro
Questionado sobre as manifestações femininas convocadas contra Bolsonaro, o tucano afirmou que o Brasil tem uma grande dívida com as mulheres. Ao detalhar seus projetos para garantir igualdade salarial entre gêneros, Alckmin disse que uma sociedade plural, como a brasileira, que quer ser justa, não pode permitir a discriminação das mulheres.

O tucano reforçou ainda a proposta de valorização do FGTS. “Hoje o dinheiro do trabalhador derrete. Nós vamos aplicar sobre essa poupança a inflação mais juros, para que o dinheiro dos trabalhadores renda mais”, disse.

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