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Bolsonaro nega ter se referido à China ao falar de “guerra química”

O presidente afirmou que nunca se distanciou dos chineses, principais parceiros comerciais do Brasil. “País que é muito importante pra nós”

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Presidente Bolsonaro dá entrevista no Galeão
1 de 1 Presidente Bolsonaro dá entrevista no Galeão - Foto: Aline Massuca/Metrópoles

Rio de Janeiro – Depois de mais uma polêmica, ao insinuar, nesta quarta-feira (5/5), que a China pode ter “criado” o novo coronavírus, causador da Covid-19, como forma de desencadear uma “guerra química”, o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) negou, à noite, ter se referido àquele país. “Não falei a palavra China hoje de manhã”, ressaltou o presidente.

“Eu falei a palavra China hoje de manhã? Eu não falei. Eu sei o que é guerra bacteriológica, guerra química, guerra nuclear. Eu sei porque tenho a formação. Só falei isso, mais nada. Agora ninguém fala, vocês da imprensa não falam onde nascem os vírus. Falem. Ou então têm medo de alguma coisa? Falem. A palavra China não estava no meu discurso de quase 30 minutos de hoje”, insistiu.

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Após receber no Aeroporto Internacional do Galeão Robson Nascimento de Oliveira, o brasileiro que estava preso na Rússia, Bolsonaro destacou que nunca se distanciou da China, principal parceiro comercial do Brasil. “Agora, muita maldade tentar aí um atrito com um país que é muito importante pra nós. E nós somos importantes pra eles também”.

Pela manhã, durante a abertura da Semana das Comunicações, Bolsonaro insinuou: “Qual o país que mais cresceu seu PIB? Não vou dizer para vocês”. Apesar de o presidente não ter de fato citado nomes, a China foi o único país a crescer durante 2020, com um aumento de 2,3% em seu Produto Interno Bruto (PIB).

“Assim como nós nunca nos distanciamos da China. Vamos continuar enviando pra China porque a China precisa do que nos produzimos aqui. Assim é com os Estado Unidos, mesmo mudando o presidente. Talvez o Biden anuncie nos próximos dias uma remessa de vacinas pra nós. Se isso se tornar concreto, intermediado pelo nosso Ministério de Relações Exteriores, vamos agradecer”, destacou Bolsonaro, no Galeão.

Decreto contra lockdown

No aeroporto, Bolsonaro comentou a ameaça de baixar um decreto para reabrir as atividades comerciais. Pela manhã, ele disse: “Se tiver que baixar decreto [para reabrir comércios], ele será cumprido. E ninguém vai contestar”.

“Frisei muito o artigo 5 da constituição. (…) Falei em dizer que o leite é branco, o café é preto, o açúcar é doce. Será que eu tenho que baixar um decreto dessa linha? É cláusula pétrea. Não pode ser modificado nem por uma proposta de emenda à Constituição. Só pode ser modificado, alterado ou descumprido por uma nova Assembleia Nacional Constituinte”, afirmou.

“Tô falando demais? Ou vou ter que esperar esse momento, assinar esse decreto pra poder dar liberdade pra esse povo nosso? Isso é um crime o que estão fazendo no Brasil. Essa política indiscriminada de lockdown, de toque de recolher”, completou.

“Tomei hidroxicloroquina”

Sobre a CPI da Covid, o presidente reclamou que falar em tratamento imediato, precoce, virou crime. “Quero que esses que são contra me apresentem uma alternativa. Ou vai ficar no protocolo do Mandetta? Fique em casa. Quando sentir falta de ar vai correndo para o hospital. Fazer o quê? Ser intubado? Temos que buscar alternativas”.

“Eu tomei hidroxicloroquina. No dia seguinte estava bom. David Uip tomou. Espero que seja convocado pela CPI. O governador do Pará recomendou em vídeo. A cloroquina, muita gente defende isso. É um antiviral. Agora querer me responsabilizar por mortes, morreu gente no mundo todo”, finalizou.

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