Bolsonaro nega ter pedido ajuda a Biden para reeleição: “Especulação”
Presidente brasileiro teria dito ao líder americano que planos de Lula vão contra interesses dos EUA. Segundo fontes, Biden mudou de assunto
atualizado
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O presidente Jair Bolsonaro (PL) negou, nesta segunda-feira (13/6), que tenha pedido ajuda ao presidente norte-americano, Joe Biden, no processo eleitoral brasileiro, em reunião bilateral realizada na última quinta-feira (9/6), em Los Angeles, nos Estados Unidos.
No sábado (11/6), a agência Bloomberg informou, citando fontes, que Bolsonaro pediu ajuda a Biden para se reeleger. Segundo a Bloomberg, o brasileiro disse que seu principal oponente, Luiz Inácio Lula da Silva (PT), é um esquerdista radical e perigoso para os interesses americanos no Brasil. Quando Bolsonaro pediu ajuda, Biden mudou de assunto, segundo testemunhas da conversa.
“Olha, não existe isso daí. Teve uma reunião que chama de bilateral ampliada, no total umas 20 pessoas presentes, foram 30 minutos de conversa e depois pedimos uma reservada com o Joe Biden. Nessa reservada, tinha eu, o ministro Carlos França, do Brasil, nosso embaixador; do lado do Biden, tinha o embaixador dele e uma intérprete. O que nós tratamos ali é reservado. Cada um pode falar o que bem entender. Agora, não citam fontes. ‘Segundo tal pessoa…’. O que eu conversei com o Biden não sai de mim e não sai do Carlos França”, disse Bolsonaro em entrevista à CBN Recife.
“É especulação. Conversamos sobre vários assuntos”, prosseguiu o presidente. Bolsonaro também resgatou reunião bilateral que teve com o presidente russo, Vladimir Putin, em fevereiro, para frisar a reserva desses encontros.
Bolsonaro atendeu a um convite de Biden para ir aos EUA participar da 9ª edição da Cúpula das Américas. Os americanos temiam que o evento ficasse esvaziado dado a ausência de nações importantes do continente, como o México.
Diante de Biden, o chefe do Executivo brasileiro defendeu eleições “limpas, confiáveis e auditáveis”. Bolsonaro disse que chegou à Presidência do Brasil por meio da democracia e que tem “certeza” de que deixará o governo da mesma maneira.
“Este ano temos eleições no Brasil, e nós queremos, sim, eleições limpas, confiáveis e auditáveis, para que não sobre nenhuma dúvida após o pleito. E tenho certeza de que ele será realizado nesse espírito democrático. Cheguei pela democracia e tenho certeza de que quando deixar o governo também será de forma democrática”, declarou o titular do Planalto.
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