Bolsonaro nega ter demitido ministro do Turismo em troca de apoio na Câmara
Presidente ainda admitiu “excesso” por parte do ex-ministro Álvaro Antônio, que foi exonerado após criticar o ministro Luiz Eduardo Ramos
atualizado
Compartilhar notícia
O presidente Jair Bolsonaro (sem partido) negou nesta quinta-feira (10/12) que a demissão do ex-ministro do Turismo Marcelo Álvaro Antônio ocorreu em troca de apoio na Câmara dos Deputados.
Álvaro Antônio foi demitido nessa quarta (9/12), após enviar uma mensagem em um grupo de WhatsApp que reúne ministros do governo.
Na mensagem, Álvaro Antônio teria chamado Ramos de “traíra” e afirmado que o ministro da Secretaria de Governo pediu a Bolsonaro para demiti-lo com o objetivo de entregar o cargo ao Centrão, bloco parlamentar de apoio à atual gestão na Câmara dos Deputados. Ramos é o responsável pela articulação política do governo com o Congresso. Leia a íntegra da mensagem aqui.
Em transmissão ao vivo nas redes sociais, nesta quinta, Bolsonaro criticou os jornais Folha de S.Paulo e O Estado de S.Paulo, que veicularam que a demissão de Álvaro Antônio já estava definida antes mesmo do episódio envolvendo o ministro Ramos.
“Folha de S.Paulo, não teve nada de negociação. Impressionante, ou a Folha deturpa o que fala ou inventa. O Estado e a Folha parecem marido e mulher, vivem juntos, cheios de amor. O Estado de S. Paulo diz: ‘Demissão do Turismo expõe ofensiva do governo na Câmara’. Ou seja, eu estaria entregando o ministério para alguém de um partido qualquer em troca de apoio na Câmara”, disse o presidente.
Na live, Bolsonaro ainda reconheceu que houve um “excesso” por parte do agora ex-ministro, mas não entrou em detalhes sobre o fato que resultou em sua demissão.
“Houve excesso, mas está resolvido. Infelizmente nós exoneramos o ministro Marcelo Álvaro Antônio, mas ele continua amigo nosso e no quê pudermos ajudá-lo, ajudaremos”, acrescentou.