Bolsonaro nega responsabilidade sobre testes de Covid-19 encalhados
Ao reponder uma apoiadora, nas redes sociais, o presidente disse que cobrança deve ser feita a estados e municípios
atualizado
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O presidente Jair Bolsonaro (sem partido) negou, nesta segunda-feira (23/11), que o governo federal tenha responsabilidade sobre os 6,86 milhões de testes para Covid-19 que estão estocados em um armazém do governo federal em São Paulo, com data de validade para vencer nos próximos dois meses, sem serem utilizados, apesar da alta demanda no país.
“Todo o material foi enviado para Estados e municípios. Se algum Estado/município não utilizou deve apresentar seus motivos”, escreveu o presidente, no Facebook, em resposta a uma apoiadora que o questionou sobre o assunto.
Os testes são do tipo RT-PCR e não foram distribuídos para a rede pública de saúde, de acordo com reportagem publicada pelo jornal O Estado de São Paulo. De acordo com a reportagem, há 7,1 milhões de exames em armazém do ministério, sendo 96% com validade que expira entre dezembro deste ano e janeiro de 2021.
Ao todo, a Saúde investiu R$ 764,5 milhões em testes e as unidades para vencer custaram R$ 290 milhões – o lote encalhado tem validade de oito meses.