Bolsonaro nega que vá demitir Pazuello após início de vacinação no país
Presidente voltou a criticar imprensa e ainda culpou a alta no preço das vacinas para o fracasso do Ministério da Saúde
atualizado
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O presidente Jair Bolsonaro (sem partido) negou, nesta quinta-feira (31/12), que vá demitir o ministro da Saúde, general Eduardo Pazuello.
Na quarta (30/12), a colunista Thaís Oyama, do portal Uol, afirmou que o governo aguarda apenas o início da vacinação contra a Covid-19 para exonerar Pazuello.
Segundo a jornalista, o cargo seria entregue ao Centrão, de forma mais específica ao atual líder do governo na Câmara, Ricardo Barros (PP), que já foi ministro da Saúde na gestão de Michel Temer.
“A imprensa extrapolou, né? A Damares [Alves, ministra da Mulher, Família e Direitos Humanos] na Cidadania; demitiu [ministro da Secretaria-Geral, Luiz Eduardo] Ramos, mandou para outro ministério; Rogério Marinho [ministro do Desenvolvimento Regional] perdeu ministério, [presidente do Senado, Davi] Alcolumbre ganhou ministério. Uma festa, né? É uma vergonha grande parte da mídia. Quem patrocinou esse festival de atrocidades foram duas figuras. Não posso falar palavrão aqui, mas foi o ‘bumbum’ e o ‘ânus’, a Thaís Oyama e o Noblat. Um deles disse que eu ia demitir o Pazuello porque não comprou seringas”, disse o presidente durante transmissão ao vivo nas redes sociais.
Na live, Bolsonaro ainda culpou a alta no preço das vacinas para o fracasso do Ministério da Saúde, que garantiu menos de 3% do necessário para o plano de imunização.
“Ô dupla de idiotas: Sabem quanto foi o preço de seringa no Brasil? Sabe como está a produção disso? Como o mercado reagiu? Quando a procura é enorme e a produção não é grande, o preço sobe. Bumbum e ânus, vocês perderam”, acrescentou.