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Bolsonaro nega orientação da CIA sobre eleições no Brasil: “Fake news”

Diretor da CIA teria dito a integrantes do governo que Bolsonaro deveria deixar de questionar a integridade das eleições no país

atualizado

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O presidente Jair Bolsonaro cumprimenta apoiadores e fala com a imprensa na saída do Palácio da Alvorada
1 de 1 O presidente Jair Bolsonaro cumprimenta apoiadores e fala com a imprensa na saída do Palácio da Alvorada - Foto: Andre Borges/Esp. Metrópoles

O presidente Jair Bolsonaro (PL) negou, nesta quinta-feira (5/6), que o governo brasileira tenha recebido qualquer orientação da CIA, o serviço de inteligência dos Estados Unidos, sobre as eleições do Brasil.

Segundo a agência de notícias Reuters, o diretor da CIA, William Burns, teria dito a integrantes do governo federal que Bolsonaro deveria deixar de questionar a integridade das eleições no país. A orientação teria sido feita durante uma reunião em julho de 2021, de acordo com duas fontes ouvidas pela agência.

Em sua transmissão semanal ao vivo nas redes sociais, o presidente classificou a notícia como “narrativa” e “fake news”.

“Seria extremamente deselegante dele, um chefe da CIA, vir aqui, ir a outro país, vir ao Brasil, para dar um recado. A gente vê que é uma mentira que, por coincidência, talvez queiram criar uma narrativa plantada fora do Brasil quando as Forças Armadas, que deixo bem claro, foram convidadas a participar do processo eleitoral”, afirmou Bolsonaro.

 

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A troca de farpas preocupa.  Em tentativa de minimizar os conflitos, o ministro Luiz Fux, inclusive, tentou realizar reunião entre os três Poderes. Contudo, logo voltou atrás e cancelou o encontro declarando que o presidente da República insiste em atacar integrantes do STF e colocar sob suspeição o processo eleitoral brasileiro
A declaração de Fux foi feita após Bolsonaro voltar a ameaçar a realização das eleições de 2022
“É uma resposta de um imbecil. Lamento falar isso para uma autoridade do STF. O que está em jogo é o nosso futuro e a nossa vida, não pode um homem querer decidir o futuro do Brasil na fraude”, disse o presidente
“Não tenho medo de eleições. Entrego a faixa para quem ganhar no voto auditável e confiável. Dessa forma, corremos o risco de não termos eleições no ano que vem”, declarou
Durante as lives semanais, o assunto é recorrente. Bolsonaro prometeu que apresentaria, em uma delas, prova de fraudes eleitorais que supostamente ocorreram em 2014. No entanto, acabou alegando que “não tem como comprovar que as eleições foram fraudadas” e, mesmo assim, prosseguiu atacando o sistema eleitoral
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Desde eleito, o presidente Jair Bolsonaro (PL) tem travado grandes embates com a Justiça Eleitoral. Ele é, juntamente com aliados, uma das principais vozes no questionamento do processo brasileiro

Felipe Menezes/Metrópoles
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A troca de farpas preocupa. Em tentativa de minimizar os conflitos, o ministro Luiz Fux, inclusive, tentou realizar reunião entre os três Poderes. Contudo, logo voltou atrás e cancelou o encontro declarando que o presidente da República insiste em atacar integrantes do STF e colocar sob suspeição o processo eleitoral brasileiro

Igo Estrela/Metrópoles
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A declaração de Fux foi feita após Bolsonaro voltar a ameaçar a realização das eleições de 2022

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“É uma resposta de um imbecil. Lamento falar isso para uma autoridade do STF. O que está em jogo é o nosso futuro e a nossa vida, não pode um homem querer decidir o futuro do Brasil na fraude”, disse o presidente

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“Não tenho medo de eleições. Entrego a faixa para quem ganhar no voto auditável e confiável. Dessa forma, corremos o risco de não termos eleições no ano que vem”, declarou

Rafaela Felicciano/Metrópoles
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Durante as lives semanais, o assunto é recorrente. Bolsonaro prometeu que apresentaria, em uma delas, prova de fraudes eleitorais que supostamente ocorreram em 2014. No entanto, acabou alegando que “não tem como comprovar que as eleições foram fraudadas” e, mesmo assim, prosseguiu atacando o sistema eleitoral

Reprodução/Youtube
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Em resposta, o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) aprovou, por unanimidade, portaria da Corregedoria-Geral da Justiça Eleitoral para a instauração de um inquérito administrativo contra Bolsonaro. Além disso, pediram ainda que o incluíssem em outro inquérito, o das fake news

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Bolsonaro, por sua vez, criticou o inquérito e ameaçou o STF. “O meu jogo é dentro das quatro linhas, mas se sair das quatro linhas, sou obrigado a sair das quatro linhas. O Moraes, ele investiga, ele pune e ele prende. Se eu perder as eleições vou recorrer ao próprio TSE? Não tem cabimento”, afirmou em entrevista ao canal da Jovem Pan

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Após a declaração de Bolsonaro, Alexandre de Moraes postou no twitter que “ameaças vazias e agressões covardes não afastarão o STF de exercer sua missão constitucional de defesa e manutenção da democracia e do Estado de direito”

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Jair Bolsonaro reclamou da retirada de veículos blindados

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Como consequência da ação, o TSE enviou ao STF uma notícia-crime contra o presidente

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Recentemente, o conflito entre Jair e o TSE ganhou novos capítulos. Isso porque Bolsonaro passou a estimular um clima de disputa entre o TSE e as Forças Armadas

Cleber Caetano/Presidência da República
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Durante lives semanais, o chefe do Executivo federal acusou o TSE de “carimbar como confidenciais” sugestões dos militares para aprimorar a segurança das urnas eletrônicas e voltou a colocar em dúvida a segurança do sistema de contagem dos votos

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A reportagem não informou onde o alerta foi feito. Em julho do ano passado, Burns esteve no Brasil. Na época, ele se reuniu com Bolsonaro, com o ministro-chefe do Gabinete de Segurança Institucional, general Augusto Heleno, e com então diretor da Agência Brasileira de Inteligência (Abin), Alexandre Ramagem. O encontro ocorreu no Palácio do Planalto, mas não foi divulgado na agenda presidencial.

Segundo a Reuters, o diretor da CIA fez o alerta ao governo brasileiro durante um segundo encontro: um jantar com os generais Augusto Heleno e Luiz Eduardo Ramos, ministro da Secretaria-Geral da Presidência. No evento, Burns disse que o processo democrático é sagrado, e que Bolsonaro não deveria se referir a ele publicamente como vinha fazendo.

Notícia falsa

Acompanhando Bolsonaro na live, o general Heleno também negou qualquer interferência da CIA: “Lógico que nas conversas sobre a área de inteligência que nós tivemos, que foram produtivas e muito interessantes, essa conversa sobre eleições jamais aconteceu. Não sei de onde saiu essa narrativa, isso nunca aconteceu. Não houve nenhuma troca de ideia sobre eleições, nem nos Estados Unidos, nem aqui. Então essa foi uma notícia falsa”.

Desde a campanha eleitoral e ao longo do mantado como presidente do Brasil, Jair Bolsonaro critica o voto eletrônico e ataca o sistema eleitoral brasileira, tentando levantar dúvidas sobre o processo. Ele nunca apresentou provas.

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