Bolsonaro nega ataque a jornalista: “Quem falou foi o River”
Em transmissão ao vivo, presidente voltou a criticar a imprensa e tentou esquivar-se da responsabilidade sobre insinuação de cunho sexual
atualizado
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O presidente Jair Bolsonaro (sem partido) negou-se a assumir responsabilidade sobre a insinuação de cunho sexual feita contra Patrícia Campos Mello, jornalista da Folha de S.Paulo, na frente do Palácio da Alvorada. Atribuiu a culpa ao ex-funcionário da Yacows Hans River. A empresa é responsável por disparos em massa no WhatsApp e é alvo na CPMI das Fake News do Congresso Nacional.
“É o tempo todo [a imprensa] me atacando. Me pegaram pra Cristo esta semana por causa do furo de reportagem. Pô, quem falou foi o River, ele que falou que ela se insinuou pra ele em troca de um furo de reportagem. A Folha agora tá dizendo o tempo todo que ele mentiu. Que moral tem a Folha? Pelo amor de Deus”, atacou o presidente.
A afirmação foi feita durante transmissão ao vivo nas redes sociais. Na última terça-feira, Bolsonaro havia declaro, aos risos: “No depoimento do Hans River no final de 2018 para o Ministério Público, ele diz do assédio da jornalista em cima dele. Ela queria um furo, ela queria dar um furo a qualquer preço contra mim”.
A manifestação de Bolsonaro decorreu de depoimento do ex-funcionário da Yacows. À CPI das Fake News, há uma semana, Hans River disse que a jornalista da Folha “queria sair” com ele em troca de informações para uma reportagem, dizendo que ela se insinuou sexualmente a ele para obter informações – e foi desmentido com reproduções das conversas gravadas no WhatsApp pela jornalista, uma das mais respeitadas do país.