Bolsonaro não vai mais participar de debates eleitorais
Anúncio foi feito pelo presidente em exercício do PSL, partido do presidenciável, Gustavo Babianno, durante entrevista em São Paulo
atualizado
Compartilhar notícia
O presidente em exercício do PSL, Gustavo Babianno, afirmou nesta quarta-feira (22/8) ao Uol que o candidato à Presidência da República pela sigla, Jair Bolsonaro, não participará mais de debates eleitorais com seus adversários durante a campanha. Caso o faça, será “uma exceção”, disse o advogado Babianno.
Até o momento, o deputado federal que desponta como segundo colocado nas pesquisas de intenção de voto marcou presença nos embates entre presidenciáveis promovidos pela TV Band e RedeTV!.
Segundo a reportagem do UoL, em vídeo divulgado em junho nas redes sociais, Bolsonaro garantiu que estaria em todos os debates. “… podem ter certeza até porque estaremos levando propostas factíveis que vocês acreditam que podem ser atingidas”, declarou à época.
“Não se trata nem de uma estratégia, se trata de uma constatação. Nós imaginávamos que, de alguma forma, esses debates pudessem acrescentar algo, mas não debates naqueles formatos antigos”, criticou Babianno em entrevista ao portal de notícias. “O sujeito ali tem que ser professor de concisão e mágico para expor algum tipo de ideia em um minuto, um minuto e pouquinho, 45 segundos”, acrescentou o presidente do PSL.
Mais cedo, durante campanha em Presidente Prudente (SP), o próprio presidenciável já tinha afirmado que não deveria participar do próximo evento desse tipo, agendado para segunda-feira (27) e promovido pela rádio Jovem Pan. Para a emissora, a presença do candidato ainda está confirmada. Segundo afirmou Bolsonaro ao Uol, é “mais produtivo” para ele investir nos eventos de campanha com a presença de possíveis eleitores do que nos embates com os adversários.
O site informa ainda que a decisão sobre a presença em debates é contrária à posição do presidente do PSL paulista e aliado de Bolsonaro, o deputado federal Major Olímpio, que pleiteia uma vaga ao Senado. Ele defende que o amigo se coloque “em todas as oportunidades à opinião pública, para tirar eventuais ranços e estigmas”.