Bolsonaro não solicitou, mas será “honra” aplicar vacina, diz Queiroga
Presidente tem 66 anos e poderia ter se imunizado. Defensor o tratamento precoce contra a Covid-19, Bolsonaro contraiu ao mal em 2020
atualizado
Compartilhar notícia
Quase oito meses após o inicio da campanha de vacinação contra a Covid-19, doença causada pelo novo coronavírus, o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) ainda não se imunizou.
A informação foi confirmada pelo ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, nesta quinta-feira (26/8) na sede da pasta, em Brasília, em conversa com jornalistas.
“O presidente defende a autonomia do médico e eu defendo a autonomia do paciente. Ele não é paciente, graças a Deus está muito bem, mas assim que ele se sentir confortável e requisitar será uma honra aplicar a vacina no nosso presidente”, contou.
Perguntado se tem orientado Bolsonaro sobre a importância da imunização, Queiroga titubeou e afirmou que o presidente é esclarecido.
“O presidente é uma pessoa muito esclarecida e ele sempre dá bons exemplos para alguns brasileiros”, frisou, ao encerrar o assunto.
Bolsonaro tem 66 anos e poderia ter se imunizado. O presidente, que defende o tratamento precoce contra a Covid-19, contraiu a doença em julho de 2020.
Desde o início da campanha, em 17 de janeiro, o presidente tem afirmado que decidirá sobre tomar ou não a vacina contra a Covid-19 apenas depois que “o último brasileiro for vacinado”.
No clã Bolsonaro, o senador Flávio Bolsonaro (Republicanos-RJ), o deputado Eduardo Bolsonaro (PSL-SP) e a mulher de Flávio, a psicóloga Fernanda Bolsonaro, tomaram ao menos uma dose do imunizante.
A imunização é o único método que possui eficácia de proteção contra o novo coronavírus, cientificamente comprovada. Aliado a isso, o uso de máscara reduz a transmissão da doença pandêmica.
Balanço
O Ministério da Saúde distribuiu 223,6 milhões de doses. Ao todo, 181,9 milhões de unidades de imunizantes foram aplicadas – entre primeira, segunda e dose única, no caso da vacina da Janssen.
Desde o início da pandemia, o país registrou 20,6 milhões de casos de Covid-19 e 577 mil óbitos por complicações da doença.