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Bolsonaro não queria Eduardo líder na Câmara, diz aliado

Bibo Nunes foi ao Palácio do Planalto e contou detalhes da reunião que terminou com a destituição de delegado Waldir da liderança do PSL

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O deputado federal Bibo Nunes (PSL- RS) esteve no Palácio do Planalto nesta quinta-feira (17/10/2019) antes da viagem do presidente Jair Bolsonaro (PSL). O parlamentar contou que o chefe do Executivo não queria que Eduardo Bolsonaro (PSL-SP) fosse líder do partido na Câmara e que isso ocorreu após embates entre deputados e uma “pressão” em Bolsonaro.

“Ele [Bolsonaro] não queria. Nós que pressionamos. Ele achou que atrapalharia, que não pegaria bem. Isso só aconteceu depois que demos uma pressão”, destacou.

Nessa quarta-feira (16/10/2019), uma guerra de listas pela liderança do PSL evidenciou a crise no partido. Bolsonaro teria “pressionaado” para que o filho tivesse 27 indicações.

O deputado defendeu o presidente e garantiu que ele não articulou a retirada de Delegado Waldir da liderança. Os áudios divulgados pela revista Crusoé mostram diálogos entre o presidente Jair Bolsonaro e parlamentares do PSL nos quais o mandatário do país avisa: “Olha só, estamos com 26, falta uma assinatura para a gente tirar o líder e botar o outro”.

“Ele não articulou nada. Não ligou para ninguém. Um deputado ligou para outro e passou o telefone. O presidente não ligou para ninguém. Eu estava ao lado do presidente”, garantiu. Bibo esteve reunido nesta quinta-feira (17/10/2019) com o secretário de Governo do presidente Bolsonaro, general Luiz Eduardo Ramos.

Vazamento de áudio
O parlamentar disse que o partido sabe quem vazou o áudio do presidente pedindo a destituição do deputado delegado Waldir (PSL-GO) da liderança do partido na Câmara.

“Sabemos quem foi, mas não vou dizer o nome. Uma pessoa dessas não é digna de nenhum brasileiro, de ser eleita a nada”, disse na tarde desta quinta ao deixar o Planalto. O deputado indicou que o parlamentar seria ligado à ala do deputado Luciano Bivar (PSL-PE), presidente do partido.

Bivar e Bolsonaro nos últimos dias passaram a atuar em lados opostos, com ameaças de expulsão e cerceamento do governo no Congresso. Na semana passada, Bolsonaro requereu a Bivar uma auditoria externa nas contas da legenda. A ideia tem sido a de usar eventuais irregularidades nos documentos como justa causa para uma desfiliação sem risco de perda de mandato.

Joice desgastada
A atuação da líder do governo no Congresso, deputada Joice Hasselmann (PSL-SP), durante a crise envolvendo Waldir deixou a parlamentar com a imagem arranhada no governo. Ela votou a favor dele para continuar na liderança do partido na Câmara.

“Na minha opinião, ela não tem mais condições de continuar. O líder do governo deve estar alinhado ao governo”, criticou.

Bolsonaro se defende
O chefe do Executivo declarou que não trata publicamente de assuntos sobre a liderança e, se caso o telefone dele tenha sido grampeado, foi uma “desonestidade”.

“[Parlamentares] deram uma de jornalista? Eu converso com deputados. Não trato publicamente desses assuntos, converso individualmente. Se alguém grampeou o telefone, primeiro é uma desonestidade”, disse o presidente ao sair do Palácio da Alvorada, nesta quinta-feira.

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