Bolsonaro: “Não podemos ficar eternamente no poder. Limite são 8 anos”
Perseguindo a reeleição em 2022, o presidente participou neste sábado (5/11) de passeio com motociclistas apoiadores de seu governo no PR
atualizado
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O presidente Jair Bolsonaro (sem partido) disse neste sábado (6/11), no Paraná, que não ficará eternamente na Presidência da República. Depois de participar de uma motociata com apoiadores do seu governo, Bolsonaro afirmou que só poderá permanecer dois mandatos.
“O meu limite são oito anos”, afirmou ele em referência à duração do mandato presidencial acrescido de uma possível reeleição. Bolsonaro persegue a reeleição em 2022.
O chefe do Executivo federal defendia a renovação, inclusive no Judiciário, e lembrou que quem for eleito em 2022, terá o direito de indicar dois ministros para o Supremo Tribunal Federal (STF).
“Alguns querem que eu dê um cavalo de pau, não dá. A renovação existe. Um dia a prefeita [de Ponta Grossa] vai nos deixar, eu também, o vice… E no Judiciário também tem renovação. Quem se eleger presidente no ano que vem, indicará dois ministros para o Supremo no início de 23. A gente vai mudando, vamos oxigenando”, disse Bolsonaro em discurso a apoiadores em Ponta Grossa (PR), após um passeio de moto na região.
“E nós não podemos ficar eternamente no poder, isso não é bom. O meu limite são oito anos”, continuou.
Motociata
Bolsonaro tem participado de encontros de motos com seus apoiadores desde o início do ano. Já foram feitas motociatas nas principais capitais do país. Ele costuma usar os passeios como demonstrações de popularidade política — ao mesmo tempo em que pesquisas de opinião registraram o aumento da sua rejeição entre os brasileiros.
Em setembro, depois de ter recuado do tom bélico em relação ao Poder Judiciário, Bolsonaro anunciou que faria uma pausa nos atos e citou “risco muito grande” dos passeios.
Neste sábado, acompanharam o presidente na motociata parlamentares da região, como o líder do governo na Câmara, Ricardo Barros (PP-PR), e a deputada federal Aline Sleutjes (PSL-PR), e lideranças locais, tais quais a prefeita de Ponta Grossa, Elizabeth Schmidt (PSD).