Bolsonaro: “Não existem as palavras Polícia Federal no vídeo. É fake news”
Presidente afirma que cabe ao GSI a segurança dele e de sua família e que jamais quis que a PF protegesse familiares
atualizado
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O presidente Jair Bolsonaro (sem partido) reagiu, nesta terça-feira (12/05), às informações de que o vídeo da reunião ministerial do dia 22 de abril, e que foi exibido na sede da Polícia Federal nesta manhã, no bojo do inquérito conduzido pelo Supremo Tribunal Federal (STF), o mostre pedindo interferência na PF para proteger familiares e amigos.
Segundo ele, no vídeo não há, em momento algum, as palavras “Polícia Federal”, “investigação” ou “superintendência”. “Não tenho preocupação nenhuma com a PF. Não tenho família sendo investigada”, reiterou Bolsonaro.
Para o presidente, o vídeo não deve ser divulgado porque há trechos em que se trata da política externa. “O video está em sigilo secreto. Eu posso retirar o siglo dele a qualquer momento. O vídeo é meu. Tudo pode ser mostrado a vocês, exceto quando se trata das questões de política externa e de segurança nacional”, destacou.
Bolsonaro afirmou que sua preocupação com a segurança, dele de seus filhos, se dá desde o episódio da facada, em 2018. “A segurança da minha família é uma coisa. A Policia Federal nunca investigou ninguém da minha familia. E quem cuida da minha segurança e a dos meus filhos é o Gabinete de Segurança Institucional”, ressaltou.
Cartada midiática
“Esse vídeo é mais uma cartada midiática, usando da falácia e da mentira para achar que eu tentei interferir na PF. A mídia tá divulgando fake news. O informante, ou vazador, está desinformado”, afirmou.
O presidente ainda disse que entregou o vídeo à PF para evitar que falem que ele “sumiu” com o material “porque ele é comprometedor”. “Entreguei por dois motivos: primeiro porque eu entendi que a verdade está lá”, afirmou, sem, no entanto, falar de um segundo motivo.
Militares falam
Bolsonaro também comentou sobre os depoimentos dos ministros militares à PF no mesmo inquérito – Braga Netto (Casa Civil), Augusto Heleno (GSI) e Luiz Ramos (Governo). Disse estar tranquilo porque não escondeu nada de ninguém.
“O depoimento do Moro, com todo respeito, quem leu, leu com isenção, viu que não tem acusação nenhuma. O do Valeixo, a mesma coisa”, concluiu.