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Bolsonaro muda esquema com apoiadores para evitar imprensa

Ao ser questionado sobre denúncias que envolvem a Secretaria de Comunicação, presidente ignorou a pergunta e entrou no carro

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1 de 1 jair-bolsonaro38 - Foto: Rafaela Felicciano/Metrópoles

O presidente Jair Bolsonaro (sem partido) mudou o local de parada, onde geralmente cumprimenta apoiadores que o esperam na saída do Palácio da Alvorada. Geralmente, o chefe do Executivo desce do carro e acena para o público que o apoia na parte lateral do cercado destinado aos visitantes, ao lado de onde se posiciona a imprensa.

Na manhã desta terça-feira (04/02/2020), ele se deslocou até os fundos do alambrado, onde tirou fotos com eleitores. Ele recebeu uma comitiva vinda do município de Encantado (RS) na porta do Alvorada e convidou a delegação para visitá-lo no Palácio do Planalto, no intervalo de alguma agenda.

O presidente se mostrou incomodado com as revelações obtidas pelo jornal Folha de S.Paulo nesta terça-feira (04/02/2020) sobre a omissão de informações por parte do secretário de Comunicação, Fábio Wajngarten, à presidência da República quanto às atividades de sua empresa, que recebe dinheiro da própria secretaria, de ministérios e estatais.

Conforme o relatório, Wajngarten assinou o documento no dia 14 de maio e omitiu o ramo de atuação da empresa, bem como a de familiares.

Ao ser questionado sobre o assunto, Bolsonaro ignorou a pergunta e entrou no carro, rumo ao Palácio do planalto.

Entenda
Reportagem publicada pelo jornal no dia 15 de janeiro indicou que Wajngarten receberia dinheiro por parte de emissoras de TV e de agências de publicidade contratadas pela própria secretaria, ministérios e estatais do governo por meio de repasses a uma empresa da qual é sócio: a FW Comunicação e Marketing.

À frente da Secom desde abril de 2019, Wajngarten ainda é o principal sócio da FW, empresa que oferece um serviço também chamado de Controle da Concorrência.

Pela lei, um integrante da cúpula do governo não pode manter negócios com pessoas físicas ou jurídicas que possam ser afetadas pelas próprias decisões. Caso a legislação seja descumprida, o ato pode configurar improbidade administrativa por implicar conflito de interesses. A demissão do agente público é uma das penalidades previstas.

O chefe da Secom tem 95% das cotas da empresa, enquanto a mãe dele, Clara Wajngarten, possui o restante (5%).

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