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Bolsonaro minimiza protestos em NY e chama manifestantes de “acéfalos”

Presidente discursa nesta terça-feira (21/9) na abertura da 76ª Assembleia Geral da Organização das Nações Unidas (ONU)

atualizado

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O presidente Jair Bolsonaro (sem partido) minimizou protestos de que foi alvo na noite de segunda-feira (21/9), em Nova York, onde está para participar da 76ª Assembleia Geral da Organização das Nações Unidas (ONU). Em vídeo gravado na noite de ontem e divulgado na manhã desta terça-feira (21/9), Bolsonaro diz que estão fazendo um escarcéu e afirma que não há mais de 10 manifestantes no local.

O grupo de brasileiros gritava xingamentos ao presidente, como “genocida” e “nojento”, e dizia que Bolsonaro tem sangue nas mãos.

“Olha aqui, ó, tem aproximadamente 10 pessoas aqui fazendo um escarcéu. As pessoas estão fora de si. E logicamente a imprensa brasileira vai dizer que houve manifestação enorme contra mim aqui em Nova York, vocês estão vendo que não é verdade”, diz o presidente.

O vídeo é acompanhado de um texto no qual o presidente chama os manifestantes de “acéfalos”.

“Esse bando que está aqui podia… Esse bando nem sabe o que está falando ali. Está protestando, devia estar num país socialista, não aqui nos Estados Unidos”, prossegue Bolsonaro.

Na saída da comitiva presidencial de uma recepção na residência da missão brasileira junto à Organização das Nações Unidas (ONU), na noite desta segunda-feira (20/9), um grupo de manifestantes gritou palavras de ordem contra o mandatário, enquanto cercavam o local.

Na saída, alguns dos convidados do presidente responderam às provocações. Um vídeo publicado nas redes sociais registrou o ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, mostrando o dedo do meio para os manifestantes.

Na véspera do discurso de abertura da Assembleia da ONU, um caminhão com telões circulou pelas ruas de Nova York exibindo imagens e mensagens contra o chefe do Executivo brasileiro.

Em vídeo postado nas redes sociais, é possível ver as frases contra o presidente, como “Bolsonaro mentiroso” e “Bolsonaro queima a Amazônia”, acompanhadas do som de labaredas flamejando e de imagens, ora da floresta em chamas, ora de Bolsonaro com o rosto em fogo.

Discurso na ONU

Bolsonaro fará nesta terça o discurso de abertura na sessão anual da ONU. A fala está prevista para ocorrer às 10h, no horário de Brasília.

Neste ano, o presidente deve voltar a tratar da pauta ambiental. Em uma transmissão ao vivo nas redes sociais na última quinta-feira (16/9), Bolsonaro disse que fará críticas a uma eventual derrubada do marco temporal na demarcação de terras indígenas no país, mas que será um discurso “objetivo e tranquilo”.

Desde 1949, cabe tradicionalmente ao representante brasileiro fazer o discurso de abertura do debate geral da ONU. Nas últimas sete décadas, chanceleres e presidentes subiram à tribuna em Nova York para falar em nome do Brasil.

Esta será a terceira vez que Bolsonaro abre o debate geral. Em 2019, o presidente afirmou que o Brasil tinha “compromisso solene” com a preservação ambiental e defendeu a soberania na Amazônia.

Em 2020, o mandatário brasileiro, assim como outros chefes de Estado, participou de forma remota em razão da pandemia de coronavírus. Na ocasião, o titular do Planalto disse que o Brasil era “vítima” de campanha “brutal” de desinformação sobre a Amazônia e o Pantanal.

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