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Bolsonaro minimiza denúncia sobre Pazuello: “Não negociamos com picaretas”

Presidente parabenizou o ex-ministro da Saúde e o ex-secretário-executivo pelo trabalho na pasta e responsabilizou lobistas por denúncias

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Ministro da saúde Eduardo Pazuello no governo bolsonaro
1 de 1 Ministro da saúde Eduardo Pazuello no governo bolsonaro - Foto: Igo Estrela/Metrópoles

O presidente Jair Bolsonaro (sem partido) minimizou, neste domingo (18/7), as denúncias que recaem sobre o ex-ministro da Saúde general Eduardo Pazuello, na negociação de vacinas.

Vídeo revelado pelo jornal Folha de S.Paulo mostra que Pazuello negociou com intermediadores a aquisição de 30 milhões de doses da vacina Coronavac pelo triplo do preço praticado pelo Instituto Butantan. Em nota, o ex-ministro negou e afirmou que foi apenas cumprimentar representantes da empresa após reunião com a secretaria-executiva da pasta, então comandada pelo coronel Elcio Franco. A negociação não prosperou.

Bolsonaro responsabilizou lobistas pelas denúncias apresentadas e negou negociações com “picaretas”. Ele conversou com a imprensa na saída do Hospital Vila Nova Star, em São Paulo, na manhã deste domingo, após receber alta médica.

“[Brasília] É um paraíso de lobistas, de picaretas. Brasília tudo que há de ruim no Brasil vai lá fazer lobby, tentar tirar proveito. Agora, acredita quem quiser: o nosso governo não gastou um centavo com picareta. Parabéns ao Pazuello, parabéns ao coronel Elcio”, disse Bolsonaro.

O presidente disse que quando alguém negocia propina não o faz gravando vídeo do encontro, mas sim pelado dentro da piscina. “Quando fala em propina, é pelado dentro da piscina”, disse ele.

Bolsonaro também criticou os trabalhos da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Covid-19, que avança em investigações sobre irregularidades na aquisição de imunizantes.

“A CPI daqui fica o tempo todo me acusando de corrupto por algo que eu não comprei, algo que eu não paguei e quem paga, na ponta da linha, é alguém lá do ministério. É todo dia uma narrativa”, reclamou o mandatário. “Querem derrubar o governo? Já disse: só Deus me tira daquela cadeira. Será que não entenderam que só Deus me tira daquela cadeira?”

“Se aparecer uma corrupção em meu governo, serei o primeiro a buscar maneira de apurar isso aí”, prosseguiu.

Alta médica

Após quatro dias internado no hospital Vila Nova Star, em São Paulo, o presidente recebeu alta médica por volta das 10h. A partir de agora, o chefe do Executivo nacional vai seguir o tratamento ambulatorial, segundo nota divulgada pela Secretaria Especial de Comunicação (Secom), na manhã deste domingo (18/7). “Espero em 10 dias, estar comendo um churrasquinho de costela”, brincou, ao sair do hospital.

Segundo o comunicado, o presidente será acompanhado por uma equipe médica assistente. Ele deve regressar a Brasília e seguir direto para a residência oficial, o Palácio da Alvorada.

Segundo o cirurgião Antônio Luiz Macedo, que acompanha o presidente desde o episódio da facada em 2018, Bolsonaro terá de seguir uma dieta balanceada e rotina de exercícios para evitar um novo quadro de oclusão no aparelho digestivo.

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Presidente Jair Bolsonaro após deixar hospital em São Paulo, na manhã do dia 18/7
Presidente Jair Bolsonaro após deixar hospital em São Paulo, na manhã do dia 18/7
Bolsonaro responsabiliza Marcelo Ramos por aprovação do fundão eleitoral
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