metropoles.com

Bolsonaro lamenta morte de PM no Alemão, mas não cita outras vítimas

Em sua live na noite de quinta-feira (21/7), o presidente fez menção apenas ao policial militar morto na operação no Complexo do Alemão

atualizado

Compartilhar notícia

Google News - Metrópoles
Igo Estrela/Metrópoles
Presidente Bolsonaro chega no plenário do Senado para sessão solene do Congresso 2
1 de 1 Presidente Bolsonaro chega no plenário do Senado para sessão solene do Congresso 2 - Foto: Igo Estrela/Metrópoles

Sem fazer menção às demais vítimas, o presidente Jair Bolsonaro (PL) lamentou, na noite desta quinta-feira (21/7), a morte do cabo da Polícia Militar (PM) Bruno de Paula Costa, na operação conjunta das polícias Militar e Civil no Complexo do Alemão, na zona norte do Rio de Janeiro, na manhã de quinta-feira (21/7).

“Um fato lamentável lá no Rio de Janeiro, o cabo Bruno de Paula Costa faleceu vitimado aí por confronto com bandidos. Ele, que estava na Unidade de Polícia Pacificadora (UPP) Nova Brasília, foi socorrido e não resistiu. Tinha 38 anos, deixa viúva e dois filhos portadores do espectro autista”, disse Bolsonaro em transmissão ao vivo pelas redes sociais. O presidente ainda comparou o Rio de Janeiro a filmes de cowboy.

Na sequência, o presidente apresentou uma foto e disse ter se emocionado ao ver a imagem. “Meu colega paraquedista. Deve ter feito o curso enquanto serviu em alguma unidade da brigada paraquedista. (…) Nossos sentimentos à família. Lamentamos o ocorrido”, prosseguiu.

A PM confirmou que a operação deixou 18 mortos, sendo 16 suspeitos, um PM e uma moradora. Antes, a polícia falava cinco mortes. Mas os próprios moradores do Alemão denunciaram terem retirado pelo menos outros três corpos das ruas da comunidade.

Eles seriam de pessoas baleadas em confrontos com a polícia. Os mortos foram levados para a Unidade de Pronto Atendimento (UPA) do Alemão e para o Hospital Getúlio Vargas, na Penha.

Objetivo da ação

De acordo com a PM, o objetivo da ação era combater o roubo de veículos, de carga e a bancos na comunidade. A corporação afirma que o setor de inteligência indica a presença de criminosos no local que atuam em diversas regiões do Rio.

Ao menos 400 policiais, quatro helicópteros e 10 veículos blindados participaram da ação. Quatro pessoas foram presas.

Esta foi a quarta operação policial mais letal da história do Rio. Duas delas aconteceram recentemente, na gestão do governador Cláudio Castro (PL): Jacarezinho (28 mortos), em 2021, e Vila Cruzeiro (25 óbitos), em 2022. A terceira ação ocorreu em 2007, na Baixada Fluminense, deixando 19 mortos.

As vítimas

O cabo Bruno estava na corporação desde 2014. Ele deixa esposa e dois filhos. O policial trabalhava no momento da ação e ficou ferido quando a base da UPP foi atacada por criminosos em retaliação à operação no Alemão. Ele chegou a ser socorrido ao Hospital Estadual Getúlio Vargas, na Penha, mas não resistiu aos ferimentos.

Letícia, 50 anos, é moradora do Recreio dos Bandeirantes, na zona oeste da cidade, e estava na casa do namorado Denilson Glória, que é morador da comunidade. Ela foi baleada no peito e morreu quando deixava o Complexo do Alemão.

As demais vítimas e seu possível envolvimento com crimes ainda estão sendo identificadas.

Quais assuntos você deseja receber?

Ícone de sino para notificações

Parece que seu browser não está permitindo notificações. Siga os passos a baixo para habilitá-las:

1.

Ícone de ajustes do navegador

Mais opções no Google Chrome

2.

Ícone de configurações

Configurações

3.

Configurações do site

4.

Ícone de sino para notificações

Notificações

5.

Ícone de alternância ligado para notificações

Os sites podem pedir para enviar notificações

metropoles.comNotícias Gerais

Você quer ficar por dentro das notícias mais importantes e receber notificações em tempo real?