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Bolsonaro lamenta morte de Dom e Bruno no AM: “Nossos sentimentos”

Presidente, que ainda não havia emitido comunicado após a confirmação oficial das mortes, respondeu a um tuíte do perfil da Funai

atualizado

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Presidente Jair Bolsonaro discursando
1 de 1 Presidente Jair Bolsonaro discursando - Foto: Rafaela Felicciano/Metrópoles

O presidente Jair Bolsonaro (PL) se manifestou, nesta quinta-feira (16/6), sobre o assassinato do indigenista brasileiro Bruno Pereira e do jornalista britânico Dom Phillips, que estavam desaparecidos após saírem em expedição no Vale do Javari (AM).

Na quarta-feira (15/6), a Polícia Federal (PF) confirmou ter encontrado restos humanos na região que foi apontada por um dos suspeitos como o local onde os corpos foram escondidos. Pouco antes da confirmação oficial, Bolsonaro disse que, nas horas seguintes, o episódio dos desaparecimento seria “efetivamente esclarecido” e defendeu a atuação das autoridades.

Nesta quinta, após a confirmação das mortes, Bolsonaro respondeu a um tuíte do perfil oficial da Fundação Nacional do Índio (Funai) que trazia uma nota de pesar.

Em nota, o Ministério da Mulher, da Família e dos Direitos Humanos manifestou pesar pelo assassinato e enalteceu o trabalho da PF e das Forças Armadas, que, segundo a pasta, “rapidamente elucidaram o caso”.

Leia a íntegra da nota do ministério:

Nota de Pesar – Bruno Pereira e Dom Phillips

Ministério da Mulher, da Família e dos Direitos Humanos (MMFDH) manifesta pesar pelo assassinato do indigenista Bruno Pereira e do jornalista britânico Dom Phillips, que estavam desaparecidos desde domingo (5), na região do Vale do Javari, no Amazonas.

O MMFDH enaltece o trabalho realizado pela Polícia Federal e pelas Forças Armadas, que rapidamente elucidaram o caso.

Ministério da Mulher, da Família e dos Direitos Humanos

Cobranças

O Conselho Indigenista Missionário (Cimi) e a Fundação Amazônia Sustentável divulgaram notas em que cobram apuração séria e responsabilização política pelo assassinato da dupla.

O Cimi, que é ligado à Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), pede que sejam apuradas as responsabilidades políticas que permitiram a morte de Bruno e de Dom.

A Fundação Amazônia Sustentável reiterou o pedido e afirmou que as mortes “expõem de forma dramática uma realidade que contamina toda a Amazônia”. A entidade também denunciou o avanço do crime organizado na região.

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Contudo, nesse percurso, os dois desapareceram. As equipes de vigilância indígena da União dos Povos Indígenas do Vale do Javari (Univaja) fizeram as primeiras buscas, sem resultados
Segundo Pelado, a perseguição à lancha na qual Bruno e Dom estavam durou cerca de 5 minutos. Jeferson Lima, outro envolvido no crime, teria atirado contra Bruno, que revidou com tiros
Os suspeitos, então, teriam retirado os pertences pessoais das vítimas do barco em que estavam e o afundaram. Em seguida, queimaram os corpos de Dom e Bruno
O governo do Amazonas criou uma força-tarefa para auxiliar na busca dos desaparecidos e na investigação do caso
A região em que ocorreu o desaparecimento é de difícil acesso e faz fronteira com o Peru
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Arquivo pessoal
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Contudo, nesse percurso, os dois desapareceram. As equipes de vigilância indígena da União dos Povos Indígenas do Vale do Javari (Univaja) fizeram as primeiras buscas, sem resultados

Divulgação
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Segundo Pelado, a perseguição à lancha na qual Bruno e Dom estavam durou cerca de 5 minutos. Jeferson Lima, outro envolvido no crime, teria atirado contra Bruno, que revidou com tiros

Divulgação/Funai
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Os suspeitos, então, teriam retirado os pertences pessoais das vítimas do barco em que estavam e o afundaram. Em seguida, queimaram os corpos de Dom e Bruno

Redes sociais/reprodução
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O governo do Amazonas criou uma força-tarefa para auxiliar na busca dos desaparecidos e na investigação do caso

Erlon Rodrigues/PC-AM
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A região em que ocorreu o desaparecimento é de difícil acesso e faz fronteira com o Peru

Arte/Metrópoles
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Alvo da cobiça de garimpeiros, o Vale do Javari é usado como rota para tráfico de cocaína

Adam Mol/Funai/Reprodução
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Em 19 de junho, a polícia informou ter identificado outros cinco suspeitos que teriam atuado na ocultação dos cadáveres. Segundo a PF, “os executores agiram sozinhos, não havendo mandante nem organização criminosa por trás do delito”

Reprodução/Twitter/@andersongtorres
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Dom Phillips, 57 anos, era colaborador do jornal britânico The Guardian. Ele se mudou para o Brasil em 2007 e morava em Salvador, com a esposa

Twitter/Reprodução
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PF já apreendeu dois pescadores suspeitos de participar no desaparecimento

Reprodução/Redes sociais
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Governo afirmou que faz buscas em meio aéreo, marítimo e terrestre

Reprodução/Redes sociais
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No dia seguinte, a Univaja emitiu comunicado informando, oficialmente, o sumiço dos homens. Em seguida, equipes da Marinha, Polícia Federal, Ministério Público Federal e do Exército foram mobilizadas e deram início a uma operação de busca

Reprodução/Redes sociais

Perícia

Os corpos do jornalista e do indigenista chegarão a Brasília na noite desta quinta. Os remanescentes humanos foram enviados para Tabatinga (AM) e serão periciados no Instituto de Criminalística da Polícia Federal. A aeronave deve chegar à capital federal por volta das 19h30.

Os restos humanos foram encontrados no local onde estavam sendo feitas as escavações, no Vale do Javari, no Amazonas. Nas redes sociais, o ministro da Justiça, Anderson Torres, confirmou que a PF encontrou restos humanos no local indicado pelos suspeitos.

As vítimas estavam desaparecidas desde 5 de junho. A PF já prendeu duas pessoas: Amarildo da Costa Oliveira, o Pelado, de 41 anos e o irmão dele, Oseney da Costa de Oliveira, 41, conhecido como “Dos Santos”.

Um deles apontou onde havia enterrado os corpos. Entretanto, novos suspeitos envolvidos na execução podem ser presos a qualquer momento.

Phillips, 57, e Pereira, 41, desapareceram em 5 de junho, no final de uma curta viagem pelo rio Itaquaí. Pereira estava acompanhando Phillips em uma viagem de reportagem para um livro sobre desenvolvimento sustentável na Amazônia, mas o barco não chegou conforme o programado em Atalaia do Norte.

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