Bolsonaro lamenta atentado a Kirchner e cita facada de 2018
“Mandei uma notinha. Eu lamento. Agora, quando levei a facada, teve gente que vibrou por aí”, disse o presidente no Sul do país
atualizado
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Em conversa com a imprensa, após participar da Expointer, no Rio Grande do Sul, o presidente Jair Bolsonaro (PL) disse que “mandou uma notinha” ao governo argentino referente ao atentado sofrido pela vice-presidente Cristina Kirchner, na noite de quinta-feira (1º/9).
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“Mandei uma notinha. Eu lamento. Agora, quando eu levei a facada, teve gente que vibrou por aí. Lamento! Já tem gente querendo botar na minha conta esse problema. O agressor ali. Ainda bem que não sabia mexer com arma. Se soubesse, teria sucesso”, disse Bolsonaro, nesta sexta-feira (2/9).
Após a declaração de Bolsonaro, o Ministério das Relações Exteriores divulgou uma nota condenando “o injustificável ato de agressão” contra a vice argentina. “O Brasil repudia toda e qualquer forma de violência com motivação política e reitera seu invariável respaldo à irmã nação Argentina”, escreveu o Itamaraty.
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Em outro momento, Bolsonaro diz que lamenta o ocorrido, mas pontua que não “viu a esquerda preocupada com ele” em 2018, quando foi esfaqueado por Adélio Bispo em campanha eleitoral, em Juiz de Fora, Minas Gerais. “Eu lamento. É um risco que todo mundo corre. Eu quase morri em 2018 e não vi a esquerda se preocupando comigo, mas tudo bem”, assinalou.
“Eu já falei que lamento, apesar de não ter nenhuma simpatia por ela, não desejo isso para ela. Agora, quando eu levei a facada, esse pessoal da esquerda ficou calado, mas tudo bem. Nós temos coração, queremos o bem. Lamento o ocorrido e espero que a apuração seja feita, para ver se foi da cabeça dele ou se, porventura, alguém tivesse contratado ele para fazer aquilo”, completou o titular do Planalto.
Entenda o caso
Um brasileiro de 35 anos foi preso na noite dessa quinta-feira (1º/9), após tentar matar a tiros a vice-presidente da Argentina, Cristina Kirchner. O suspeito foi identificado como Fernando Sabag Montiel.
Cristina voltava para casa, no bairro de Recoleta, na capital Buenos Aires. Ela estava cercada por seguranças, e muitos apoiadores se encontravam no local.
O suspeito se aproximou da vice-presidente e chegou a colocar a arma bem perto do rosto dela. Quando tentou atirar, a arma falhou. Cristina, então, protegeu-se com as mãos, e o atirador foi levado por militantes e seguranças.
Fernando Sabag foi detido em março de 2021 por portar uma faca, durante abordagem por causa de um carro sem placa. O brasileiro afirmou que portava a arma para defesa pessoal.
Veja o momento do ataque:
La imagen del intento de atentado contra Cristina Kirchner. pic.twitter.com/P08PhWXLWy
— Sergio Villone (@sergioVillone) September 2, 2022
