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Bolsonaro lamenta 200 mil mortes por Covid-19, mas diz: “A vida continua”

Nesta quinta-feira (7/1), o Brasil registrou o maior número de mortes desde o início da pandemia: 1.841 óbitos

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1 de 1 Live Bolsonaro - Foto: Reprodução

O presidente Jair Bolsonaro (sem partido) lamentou nesta quinta-feira (7/1) a marca de 200 mil mortes registradas no Brasil por Covid-19. O chefe do Executivo, no entanto, afirmou que “a vida continua”.

“A gente lamenta hoje que estamos batendo as 200 mil mortes – muitas destas mortes com Covid, outras de Covid. Não temos linha de corte no tocante a isso daí –, mas a vida continua. A gente lamenta profundamente. Estou preocupado com a minha mãe, que tem 93 anos de idade. Se ela contrair o vírus, ela vai ter dificuldade pela sua idade. Mas temos que enfrentar isso aí. Não adianta apenas continuar como alguns querem continuar com aquela velha historia de ‘fica em casa economia a gente vê depois’… Isso não vai dar certo”, disse o presidente durante uma transmissão ao vivo nas redes sociais.

De acordo com Bolsonaro, caso medidas de fechamento de comércio sejam retomadas, isso levará o Brasil a um “caos”. “Isso vai ser um caos no Brasil e pode nos levar a condições mais dramáticas ainda do que as consequências do vírus. Não podemos nos transformar num país de pobres, um país desempregado, um país sem PIB, um país endividado. Um país tão rico como o nosso, com a população sendo empobrecida por decisões de alguns”, prosseguiu.

Nesta quinta, o Brasil registrou o maior número de mortes desde o início da pandemia e ultrapassou a marca de 200 mil vidas perdidas pela Covid-19. Os 1.841 óbitos impulsionaram a média móvel, que voltou a crescer, chegando a 792. O índice, em comparação com o registrado há 14 dias, sofreu acréscimo de 11,2%.

Devido ao tempo de incubação do novo coronavírus, adotou-se a recomendação de especialistas para que a média móvel do dia seja comparada à de duas semanas atrás.

Variações na quantidade de mortes ou de casos de até 15% para mais ou para menos não são significativas em relação à evolução da pandemia. Já percentuais acima ou abaixo devem ser encarados como tendência de crescimento ou de queda.

Em números absolutos, o país registrou 1.841 óbitos em decorrência da Covid-19 e 94.517 novas infecções de coronavírus nas últimas 24 horas, segundo o mais recente balanço divulgado pelo Conselho Nacional de Secretários de Saúde (Conass). No total, o Brasil já perdeu 200.498 vidas para a Covid-19 e computou 7.961.693 casos de infecção.

Os cálculos são feitos pelo (M)Dados, núcleo de jornalismo de dados do Metrópoles, e se baseiam nos relatórios repassados pelo Ministério da Saúde. Essas informações também alimentam o painel interativo com notícias sobre a pandemia desde o primeiro caso da doença registrado no país.

Média móvel

Acompanhar o avanço da pandemia de Covid-19 com base em dados absolutos de morte ou de casos está longe do ideal. Isso porque eles podem ter variações diárias muito grandes, principalmente atrasos nos registros. Nos fins de semana, por exemplo, é comum perceber redução significativa dos números.

Para reduzir esse efeito e produzir uma visão mais fiel do cenário, a média móvel é amplamente utilizada ao redor do mundo. A taxa, então, representa a soma das mortes divulgadas em uma semana dividida por sete. O nome “móvel” é porque varia conforme o total de óbitos dos sete dias anteriores.

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