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Bolsonaro ironiza Renan: “Depois, faça uma CPI do leite condensado”

Presidente demonstrou insatisfação com o escopo da CPI da Covid, que investiga ações e omissões do governo federal

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Em conversa com apoiadores na manhã desta quarta-feira (12/5), o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) ironizou o senador Renan Calheiros (MDB-AL), relator da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Covid, que investiga ações e omissões do governo federal no combate à pandemia.

“Vocês viram Renan Calheiros esta semana? ‘A CPI não existe para investigar desvio de recursos.’ É isso aí. Dou uma sugestão para o Renan: depois, faça uma CPI do leite condensado”, disse Bolsonaro, na saída do Palácio da Alvorada.

Renan tem dito que investigar repasses de recursos a estados e municípios não é o foco do colegiado. “Tem muita gente querendo, em primeiro lugar, impedir essa investigação e, em segundo lugar, desviar o rumo dessa investigação para desvio de recursos de estados e municípios”, afirmou o parlamentar, em entrevista ao Uol.

“Acho que essa CPI não é para investigar desvios de recursos. Evidentemente que, se houver necessidade para fazê-lo, nós vamos fazer. Mas esse não é o objetivo precípuo da CPI”, reforçou o senador. Ele defendeu que a investigação de eventuais desvios seja feita pela Polícia Federal e pelo Ministério Público.

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Apoiadores do mandatário do país
Presidente Jair Bolsonaro conversa com apoiadores, ao deixar o Palácio da Alvorada
Presidente Jair Bolsonaro conversa com apoiadores, ao deixar o Palácio da Alvorada
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O presidente Jair Bolsonaro cumprimenta apoiadores na saída do Palácio da Alvorada

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Presidente Jair Bolsonaro conversa com apoiadores, ao deixar o Palácio da Alvorada

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Desde que a CPI foi anunciada, o presidente tem demonstrado insatisfação com o escopo do colegiado. O chefe do Executivo defende que a investigação atinja também estados e municípios. Como não cabe ao Congresso examinar a gestão da pandemia pelos entes federativos, a CPI deve se limitar a apurar os repasses de recursos federais a estados e municípios.

Em janeiro deste ano, o Metrópoles revelou os gastos do governo federal com alimentação em 2020. Levantamento do (M)Dados com base do Painel de Compras atualizado pelo Ministério da Economia mostra que, no último ano, todos os órgãos do Executivo pagaram, juntos, mais de R$ 1,8 bilhão em alimentos – um aumento de 20% em relação aos pagamentos de 2019.

Para a reportagem, foram considerados apenas os itens que somaram mais de R$ 1 milhão e comprados nos últimos dois anos.

Além do tradicional arroz, feijão, carne, batata frita e salada, foram incluídos no “carrinho” itens como biscoitos, sorvete, massa de pastel, leite condensado, entre outros.

Lula

Na conversa com simpatizantes, Bolsonaro também fez menção à situação judicial do ex-presidente Lula (PT), que, nas eleições de 2022, deve ser o principal adversário do atual mandatário.

“Não está inocentado, né? Foi anulado o processo, ele continua criminoso”, afirmou o titular do Palácio do Planalto.

Em abril, o plenário do Supremo Tribunal Federal (STF) reconheceu a incompetência da 13ª Vara Federal de Curitiba para julgar processos do ex-presidente no âmbito da Lava Jato.

Com isso, os ministros decidiram manter a anulação das condenações do petista, imposta pelo ministro Edson Fachin em caráter liminar. A determinação da Suprema Corte deixa o petista apto a concorrer nas eleições de 2022, caso não sofra novas condenações até lá.

A conversa de Bolsonaro com apoiadores foi divulgada no YouTube pelo canal Foco do Brasil.

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