metropoles.com

Bolsonaro insiste em supernotificação de Covid e acusa governadores

Presidente voltou a dizer que governadores insuflaram dados de Covid-19 para receber mais recursos federais. CGU deve fazer apuração própria

atualizado

Compartilhar notícia

Google News - Metrópoles
Rafaela Felicciano/Metrópoles
Presidente Jair Bolsonaro cumprimenta apoiadores na saída do Palácio da Alvorada
1 de 1 Presidente Jair Bolsonaro cumprimenta apoiadores na saída do Palácio da Alvorada - Foto: Rafaela Felicciano/Metrópoles

O presidente Jair Bolsonaro (sem partido) insistiu, nesta quarta-feira (9/6), na tese da supernotificação de mortes por Covid-19 no Brasil e acusou governadores de insuflarem dados da doença em prol de mais recursos federais.

“Tem gente querendo desqualificar o que eu estou falando para exatamente não incriminar governadores. Agora, uma coisa é real: segundo os estudos ali – são estudos estatísticos, não conclusivos –, a supernotificação pode chegar a 45%, quase metade”, disse em interação com apoiadores, na saída do Palácio da Alvorada.

“Com supernotificações, alguns governadores tinham que justificar isso aí”, apontou o chefe do Executivo nacional.

E continuou a explicação: “Justificavam como? Com lockdowns, com toque de recolher, fechando o comércio, arrebentando com a população no Brasil, levando a morte por outros meios, através da depressão, suicídio, desespero, pessoas que não procuravam os hospitais, que tinham outras comorbidades, não procuravam por medo de contrair o Covid”, acusou.

Na segunda-feira (7/6), o presidente Bolsonaro usou um estudo, erroneamente atribuído ao Tribunal de Contas da União (TCU), para acusar governadores e prefeitos de estarem insuflando dados. Segundo o mandatário, o relatório indicava que as mortes em 2020 seriam metade doa quantidade registrada no ano.

Ainda na segunda, o TCU desmentiu a existência de um relatório produzido pelo órgão e disse que o documento que circula em redes sociais é uma “análise pessoal” de um servidor do tribunal, o auditor Alexandre Figueiredo Costa Silva Marques. Enquanto a corte de Contas realiza uma sindicância interna para apurar o caso, o servidor foi afastado de suas funções.

5 imagens
1 de 5

Igo Estrela/Metrópoles
2 de 5

Igo Estrela/Metrópoles
3 de 5

Igo Estrela/Metrópoles
4 de 5

Igo Estrela/Metrópoles
5 de 5

Igo Estrela/Metrópoles

Pedido de investigação

Aos apoiadores, Bolsonaro frisou que pediu à Controladoria-Geral da União (CGU) para investigar os registros de mortes por Covid-19 e aproveitou para alfinetar o presidente e o relator da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da pandemia, senadores Omar Aziz (PSD-AM) e Renan Calheiros (MDB-AL).

“É uma questão que eu já passei para a Controladoria-Geral da União para estudar isso daí, para nós buscarmos realmente uma maneira de salvar vidas e não ficar agindo como aquelas pessoas lá, né – não são todas –, lá da CPI. Ali, agora, tem gênios da saúde, como Renan Calheiros e Omar Aziz, pelo amor de Deus”, afirmou.

A CPI investiga ações e omissões do governo federal no combate à pandemia. Nesta quarta, o colegiado ouve o ex-secretário-executivo do Ministério da Saúde Élcio Franco. Ele foi braço direito do ex-ministro Eduardo Pazuello na pasta, entre junho de 2020 e março de 2021.

A conversa de Bolsonaro com apoiadores foi registrada pelo canal Foco do Brasil, no YouTube.

Quais assuntos você deseja receber?

Ícone de sino para notificações

Parece que seu browser não está permitindo notificações. Siga os passos a baixo para habilitá-las:

1.

Ícone de ajustes do navegador

Mais opções no Google Chrome

2.

Ícone de configurações

Configurações

3.

Configurações do site

4.

Ícone de sino para notificações

Notificações

5.

Ícone de alternância ligado para notificações

Os sites podem pedir para enviar notificações

metropoles.comNotícias Gerais

Você quer ficar por dentro das notícias mais importantes e receber notificações em tempo real?