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Bolsonaro inaugura ponte vizinha à maior jazida de nióbio do mundo

Presidente vai ao Amazonas nesta quinta-feira (27/5), onde também pretende visitar uma comunidade indígena que sofre com mineração ilegal

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Cerimônia de Sanção do PL 5043:2020 (Ampliação do Teste do Pezinho) no Palácio do Planalto. Presidente Jair Bolsonaro e Ministro da Saúde Marcelo Queiroga 8
1 de 1 Cerimônia de Sanção do PL 5043:2020 (Ampliação do Teste do Pezinho) no Palácio do Planalto. Presidente Jair Bolsonaro e Ministro da Saúde Marcelo Queiroga 8 - Foto: null

O presidente Jair Bolsonaro (sem partido) cumpre agenda nesta quinta-feira (27/5) em São Gabriel da Cachoeira (AM), onde vai inaugurar uma ponte vizinha ao maior depósito mundial de nióbio.

O minério era um dos assuntos mais comentados por Bolsonaro durante seu mandato de deputado federal e na campanha eleitoral de 2018. Na Presidência da República, porém, Bolsonaro o menciona em raras ocasiões.

Em visita ao Japão em 2019, Bolsonaro mostrou uma bijuteria feita com nióbio. O presidente queria exaltar os benefícios do metal, mas acabou exagerando nos elogios.

A ponte sobre o igarapé Ya-Mirim está a apenas 2 km do Morro de Seis Lagos, o maior depósito mundial de nióbio, com estimados 2,9 bilhões de toneladas. Segundo o jornal Folha de S.Paulo, não há interesse das mineradoras em abrir novas operações de nióbio. Com a demanda atual do minério, as jazidas em exploração têm capacidade para abastecer o planeta por várias décadas.

O Brasil é o maior produtor de nióbio do mundo, responsável por abastecer cerca de 90% do mercado mundial. O material serve principalmente como elemento de liga nos aços de alta resistência e baixa liga, usados na fabricação de automóveis, e na construção civil, como pontes e edifícios. É encontrado também nas superligas, que operam em altas temperaturas, e em turbinas de aeronaves a jato.

Em São Gabriel da Cachoeira, a exploração do minério exigiria uma ampla mudança na legislação, dado que a jazida local está incluída em três áreas protegidas e sobrepostas: a terra indígena Balaio, o Parque Nacional Serra da Neblina e a Reserva Biológica Morro dos Seis Lagos, do governo estadual do Amazonas. Nenhuma dessas categorias permite a atividade.

Vista a comunidade indígena

Depois de inaugurar a ponte, no início da tarde, está prevista uma visita do presidente à comunidade yanomami Maturacá. A terra indígena Yanomami é uma das que mais sofrem com mineração ilegal. A visita não consta na agenda oficial do presidente para esta quinta.

Em uma live, no dia 29 de abril, Bolsonaro disse que planeja visitar um pelotão de fronteira do Exército (PEF), “conversar com indígenas” e “aterrisar” em um garimpo ilegal.

Por ser defensor da mineração em terras indígenas, Bolsonaro é alvo de críticas por ambientalistas. Lideranças locais publicaram uma carta de repúdio à presença de Bolsonaro na comunidade indígena. Para eles, a visita é para “tratar e tentar acordar conosco a legalização de mineração no território yanomami, portanto, essa não é a nossa ansiedade yanomami”.

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