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Bolsonaro ignora denúncias e publica vídeo sobre voto impresso

Empresário denunciou que servidor do Ministério da Saúde teria pedido propina nas negociações para aquisição de vacinas contra Covid-19

atualizado

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Presidente Jair Bolsonaro , durante apresentação das ações para desburocratização e atração de investimentos para setor de turismo 3
1 de 1 Presidente Jair Bolsonaro , durante apresentação das ações para desburocratização e atração de investimentos para setor de turismo 3 - Foto: Igo Estrela/Metrópoles

Ainda sem se pronunciar sobre denúncias de corrupção nas negociações para aquisição de vacinas contra a Covid-19, o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) publicou nas redes sociais, na manhã desta quarta-feira (30/6), um vídeo sobre o funcionamento do voto impresso.

O vídeo é de Marco Della Nina, que se intitula líder comunitário em Porto Alegre, e aparece com a mensagem: “Compartilhe ao máximo”.

O parecer à Proposta de Emenda à Constituição (PEC) 135/19, que torna obrigatório o voto impresso, foi lido na última segunda-feira (28/6) em um comissão especial criada pela Câmara para analisar a matéria. O parecer, favorável, é do deputado Filipe Barros (PSL-PR). A proposta é encampada pela base ideológica do presidente, mas possui poucas chances de prosperar.

No sábado (26/6), líderes de 11 partidos decidiram que não vão apoiar a mudança do atual sistema de votação eleitoral. No encontro por videoconferência, os presidentes decidiram apoiar a votação por meio da urna eletrônica e rejeitar a possibilidade.

ACM Neto (DEM), Baleia Rossi (MDB), Bruno Araújo (PSDB), Ciro Nogueira (PP), Gilberto Kassab (PSD), Luciano Bivar (PSL), Luis Tibé (Avante), Marcos Pereira (Republicanos), Paulo Pereira da Silva (Solidariedade), Roberto Freire (Cidadania) e Valdemar Costa Neto (PL) lideram o movimento contrário.

Denúncia de corrupção

O jornal Folha de S.Paulo revelou, na noite de terça-feira (29/6), que o diretor de Logística do Ministério da Saúde, Roberto Ferreira Dias, ofereceu propina de US$ 1 por unidade de vacina ao empresário Luiz Paulo Dominguetti Pereira, que se apresenta como representante da empresa Davati Medical Supply. Dominguetti negociava a venda de 400 milhões de doses da vacina AstraZeneca.

Dominguetti afirmou que o diretor de Logística do Ministério da Saúde teria cobrado a propina durante jantar num shopping de Brasília. O acordo, todavia, não foi fechado.

A exoneração de Dias foi anunciada na noite de terça-feira (29/6). A exoneração consta no Diário Oficial da União (DOU) desta quarta-feira (30/6).

Além do silêncio do presidente da República sobre o caso, o Palácio do Planalto ainda não se pronunciou oficialmente sobre as denúncias de corrupção na compra dos imunizantes.

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