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Bolsonaro garante Ernesto Araújo no governo: “Quem demite ministro sou eu”

Ministro das Relações Exteriores estaria enfrentando dificuldade em conseguir insumos para produzir vacina contra Covid-19 no Brasil

atualizado

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Ernesto Araújo e Bolsonaro
1 de 1 Ernesto Araújo e Bolsonaro - Foto: Reprodução

O presidente Jair Bolsonaro (sem partido) negou nesta quinta-feira (21/1) que a China tenha pressionado o governo brasileiro a demitir o chanceler Ernesto Araújo, diante da dificuldade do ministro das Relações Exteriores em conseguir a matéria-prima necessária para produzir vacinas contra a Covid-19 no Brasil.

“Quem demite ministro sou eu. Ninguém procurou nem ousaria procurar [o Brasil] no tocante a isso. Assim como nós não faríamos com qualquer país do mundo. Jamais um outro país faria isso conosco também”, disse o presidente durante transmissão ao vivo nas redes sociais.

“Isso não existe perante países soberanos. […] Tem gente que quer ver uma crise”, completou o titular das Relações Exteriores.

O ministro Ernesto Araújo tem sido alvo de críticas, devido à falta de canal de diálogo com a China em um momento crucial para a campanha de vacinação no país, com o atraso da chegada dos ingredientes farmacêuticos ativos (IFA), necessários para a produção de imunizantes em território brasileiro.

Em reunião com a Comissão Externa da Câmara sobre a Covid-19, na quarta-feira (20/1), Araújo disse que não havia qualquer problema político com o país asiático, mas de demanda. Segundo ele, o governo está em comunicação diária com a China desde dezembro.

Corrida para a compra de insumos

Na quarta (20/1), a Secretaria de Comunicação da Presidência informou que o governo federal vem tratando com “seriedade” as questões referentes ao fornecimento de insumos farmacêuticos para a produção de imunizantes contra a Covid-19.

Conhecido por IFA, sigla para “ingrediente farmacêutico ativo”, o produto nada mais é que a matéria-prima para a fabricação das vacinas. O insumo virá da China, mas ainda não há data para chegar ao Brasil.

Previsto para janeiro, o recebimento do insumo é necessário para que os imunizantes Coronavac e de Oxford – as únicas autorizadas até o momento pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) para uso emergencial no Brasil – sejam produzidos no país, pelo Instituto Butantan e pela Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), respectivamente.

Cooperação antiepidêmica

Após a divulgação do comunicado, a Embaixada da China no Brasil afirmou que se reuniu nesta quarta com o ministro da Saúde, Eduardo Pazuello, “sobre a cooperação antiepidêmica e de vacinas entre os dois países”.

“A China continuará unida ao Brasil no combate à pandemia para superarem em conjunto os desafios colocados pela pandemia”, escreveu o perfil da embaixada, em rede social.

Na terça (19/1), a Fiocruz enviou um ofício ao Ministério Público Federal (MPF) comunicando que a entrega do imunizante contra a Covid-19 da Universidade de Oxford desenvolvido com a AstraZeneca vai atrasar de fevereiro para março.

De acordo com a fundação, o atraso ocorre porque o Brasil não recebeu um dos insumos para a fabricação da vacina O composto que falta para o início da produção do imunizante no Brasil é o ingrediente farmacêutico ativo (IFA), de responsabilidade da AstraZeneca.

A expectativa da fundação é entregar 100 milhões de doses da vacina até julho e mais 110 milhões até o fim do ano.

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