Bolsonaro: “Forças Armadas não serão meras espectadoras das eleições”
Durante transmissão nas redes sociais, presidente voltou a falar que militares foram convidados pelo TSE a participar do processo eleitoral
atualizado
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O presidente Jair Bolsonaro (PL) afirmou nesta quinta-feira (5/5) que as Forças Armadas não vão participar das eleições deste ano apenas como “meras espectadoras”. Durante transmissão ao vivo nas redes sociais, o chefe do Executivo federal voltou a dizer que os militares foram convidados pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE) para participar do processo de outubro deste ano, mas não avançou em que papel exatamente os militares participarão do processo eleitoral.
Neste ano, as Forças Armadas enviaram ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE) documento com 10 medidas que alegadamente serviriam para ampliar a confiabilidade do processo eleitoral. O texto foi analisado pela Comissão de Transparência das Eleições instalada pela Justiça Eleitoral. No mês passado, Bolsonaro disse que é preciso ter uma maneira de “confiar nas eleições” e que as sugestões dos militares poderiam ser uma saída.
“Forças Armadas não vão apenas participar como espectadores das eleições”, diz @jairbolsonaro.
Presidente anunciou a contratação de uma empresa de auditoria para verificar o sistema eleitoral.
“As pesquisas dizem que o Lula tem 40%. Quero garantir a eleição do Lula”, afirmou. pic.twitter.com/IGnkNFRVgN
— Metrópoles (@Metropoles) May 5, 2022
“Empresa fará auditoria”
Na transmissão, Bolsonaro ainda disse que seu partido, o PL, vai contratar uma “empresa de ponta” para realizar a auditoria das eleições. O chefe do Executivo federal não deu mais detalhes sobre qual seria essa empresa.
Segundo o presidente, a “auditoria não vai ser feita após as eleições. Uma vez ela contratada, a empresa já começa a trabalhar”.
“Estive com o presidente do PL há poucos dias e, como está na legislação eleitoral, nós contrataremos uma empresa para fazer auditoria nas eleições. Agora deixo claro, já adianto para o TSE: essa auditoria não vai ser feita após as eleições. Uma vez ela contratada, a empresa já começa a trabalhar. A empresa vai pedir ao TSE, com toda a certeza, uma quantidade grande de informações”, afirmou.
Na sequência, ele acrescentou: “Pode, em poucas semanas de trabalho, essa empresa que faz auditoria no mundo todo, empresa de ponta, ela pode chegar à conclusão que… presta atenção: antes das eleições, daqui a 30, 40 dias, chegar à conclusão de que, dada a documentação que tem na mão, dado o que já foi feito até o momento para melhor termos umas eleições livres de qualquer suspeita de ingerência externa, ela dizer que é impossível auditar e não aceitar fazer o trabalho. Olha a que ponto nós vamos chegar”.
Na live, o chefe do Executivo federal disse que “a contagem do voto é a alma da democracia” e que “ninguém quer dar golpe”.
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