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Bolsonaro foi aos EUA 3 vezes após suposta fraude no cartão de vacina

Jair Bolsonaro (PL) esteve nos EUA em três ocasiões em 2022, sendo que em uma delas se encontrou com o presidente Joe Biden

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Jair Bolsonaro e Joe Biden
1 de 1 Jair Bolsonaro e Joe Biden - Foto: Alan Santos/PR

O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) esteve nos Estados Unidos em três ocasiões após a suposta fraude em seu cartão de vacinação, que teria ocorrido em novembro de 2021. A Polícia Federal (PF) deflagrou, nesta quarta-feira (3/5), operação que apura um esquema de fraudes em cartões de vacinação, incluindo o do ex-presidente.

Bolsonaro esteve nos EUA em junho de 2022, para participar da 9ª Cúpula das Américas, em Los Angeles; em setembro daquele ano, para discursar na Assembleia Geral da ONU, em Nova York; e, por último, entre 30 dezembro de 2022 e 30 março de 2023, quando ficou em Orlando sem compromissos oficiais, a maior parte do tempo já na condição de ex-presidente.

Em junho do ano passado, além da participar da Cúpula das Américas, o então chefe do Palácio do Planalto se encontrou com o presidente Joe Biden, na primeira e última reunião bilateral que teve com o americano.

Na condição de chefe de Estado, cargo dispõe de regalias na hora de entrar em outros países, Bolsonaro pode não ter tido a necessidade de confirmar sua vacinação. Ele adentrou naquele país em avião da Força Aérea Brasileira (FAB), não passando, portanto, pelos procedimentos padrões da alfândega. Sendo assim, não é possível dizer que ele foi questionado se havia tomado a vacina contra a Covid-19 ao entrar nos EUA.

O país possui protocolos para entrada de viajantes estrangeiros. Segundo a embaixada americana no Brasil, em dezembro de 2021 passou a ser requisitado documento de vacinação.

Além disso, todos os passageiros com idade a partir de dois anos que tenham um voo partindo para os EUA passaram a ser obrigados a apresentar um resultado negativo do teste viral de Covid-19 feito em até um dia antes da viagem, ou apresentar documentação que comprovasse a recuperação da infecção pelo vírus nos 90 dias anteriores ao embarque.

Não há informações sobre restrições de Biden, defensor da imunização, para reuniões com autoridades não vacinadas.

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Cúpula foi organizada pelos EUA e sediada em Los Angeles, na Califórnia
Biden e Bolsonaro posam para fotos em reunião bilateral
Bolsonaro e Biden
Reunião bilateral entre Bolsonaro e Biden
O líder americano
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A bilateral com Biden foi uma oferta do governo americano para garantir a presença de Bolsonaro no evento, que estava esvaziado sem as presenças de países como o México

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Cúpula foi organizada pelos EUA e sediada em Los Angeles, na Califórnia

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Biden e Bolsonaro posam para fotos em reunião bilateral

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Reunião bilateral entre Bolsonaro e Biden

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O líder americano

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O presidente Jair Bolsonaro

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Anna Moneymaker/Getty Images

Além de ter desencorajado publicamente a vacinação em diversas ocasiões, Bolsonaro disse que só receberia a proteção contra o vírus após o último brasileiro ser imunizado.

Em fevereiro de 2022, Bolsonaro afirmou que, mesmo sem estar imunizado, reuniu-se com o presidente da RússiaVladimir Putin, em Moscou, “a um metro e meio de distância”.

“Esse passaporte é uma segregação. Isso começar a dizer quem está de um lado e quem está do outro. Eu não tomei vacina e fiquei, mais de duas horas, a um metro e meio do presidente Putin. (…) O que está em jogo nessa questão da vacina, no meu entender? É a nossa liberdade. Você não pode começar a aceitar perder direitos em troca de garantias outras. Não pode. A liberdade é importantíssima”, disse Bolsonaro durante transmissão ao vivo nas redes sociais.

Operação sobre fraude em cartões de vacina

A Polícia Federal deflagrou nesta quarta a “Operação Venire”, cujo nome deriva do princípio “Venire contra factum proprium”, que significa “vir contra seus próprios atos”: “Ninguém pode comportar-se contra seus próprios atos”. É um princípio-base do direito civil e do direito internacional que veda comportamentos contraditórios de uma pessoa.

Segundo a PF, os suspeitos da fraude inseriram dados falsos de vacinas contra a Covid-19 nos sistemas do Ministério da Saúde entre novembro de 2021 e dezembro de 2022.

O objetivo foi emitir certificados falsos de vacinação para pessoas que não tinham sido imunizadas e, dessa forma, permitir que elas pudessem viajar e acessar locais onde a imunização era obrigatória.

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Homens da Polícia Federal
Movimentação na frente da casa do ex-presidente Jair Bolsonaro
Operação da PF
Movimentação na rua do ex-presidente Jair Bolsonaro
Operação da PF tem como alvo adulteração em cartões de vacina da Covid-19
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Homens da Polícia Federal na operação que apreendeu celular de Bolsonaro em maio

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Homens da Polícia Federal

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Movimentação na frente da casa do ex-presidente Jair Bolsonaro

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Operação da PF

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Movimentação na rua do ex-presidente Jair Bolsonaro

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Operação da PF tem como alvo adulteração em cartões de vacina da Covid-19

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Agentes da PF na casa de Bolsonaro

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Mandados de busca e apreensão foram cumpridos na casa de Bolsonaro

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Polícia Federal, nesta quarta-feira, faz busca e apreensão na casa do ex-presidente Jair Messias Bolsonaro após prisão de seu ex-ajudante Mauro Cid

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Advogado de Bolsonaro chega ao Solar de Brasília II para acompanhar a busca e apreensão na casa do ex-presidente

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Bolsonaro é investigado na Operação Venire, que investiga associação criminosa acusada de inserção de dados falsos de vacinação contra a Covid-19

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A PF também prendeu, nesta quarta-feira (3/5), o tenente-coronel Mauro Cid, ex-ajudante de ordens de Jair Bolsonaro

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O tenente coronel Mauro Cid, ex-ajudante de ordens de Bolsonaro, e outros dois assessores do ex-presidente foram presos.

Também foram realizadas buscas na casa do ex-presidente da República em Brasília, ocasião em que o celular dele foi apreendido pelos agentes da PF.

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