Bolsonaro fala em zerar imposto federal do diesel a partir de 2022
Presidente deu recado a caminhoneiros, que cobram medidas para compensar alta do preço dos combustíveis
atualizado
Compartilhar notícia
Em sinalização aos caminhoneiros, o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) disse, nesta sexta-feira (6/8), que pretende zerar o imposto federal sobre o diesel a partir de janeiro de 2022. A declaração foi proferida na saída do Palácio da Alvorada, antes de o presidente partir para agenda em Joinville (SC).
“Nós reconhecemos o trabalho dos caminhoneiros, não só durante a pandemia, bem como em outros momentos. Vocês são essenciais para transportar nossas riquezas para os quatro cantos do Brasil. Sabemos que o combustível está em um preço, no meu entender, caro”, apontou.
Segundo Bolsonaro, o objetivo é buscar maneiras de reduzir o máximo possível esse valor. “Eu não gosto de falar em promessas, né, mas eu gostaria de zerar o imposto federal do diesel a partir do ano que vem. Gostaria, vou me empenhar sobre isso, não posso garantir que será feito. Digo: não é uma promessa, é um estudo”, disse o presidente.
O mandatário também classificou como “inadmissível” o preço da gasolina vendido nos postos.
“Além de diesel, combustível também de maneira geral está alto no Brasil. É inadmissível na refinaria sair R$ 1,90 o preço da gasolina, do litro, e na ponta da linha chegar a R$ 6, R$ 6,10”, reclamou.
A conversa de Bolsonaro com apoiadores foi divulgada por um canal no YouTube simpático ao presidente.
Em 2018, por ocasião da greve dos caminhoneiros, Bolsonaro se aliou à categoria e angariou apoio do grupo para se eleger presidente da República. Desde que assumiu o mandato, ele vem sido cobrado por caminhoneiros, que pressionam por redução no preço do diesel e uma nova tabela de preços para fretes de transporte de carga no país.
Gás de cozinha
Bolsonaro também afirmou que o preço do gás de cozinha está um absurdo e disse que a população deve cobrar as autoridades locais para baratear o valor do botijão.
“O gás de cozinha nós resolvemos a parte federal. No início do ano nós zeramos todo e qualquer imposto do gás de cozinha. Hoje, na refinaria, no início tá na ordem de R$ 45 e em alguns locais chega a R$ 110, é um absurdo”, afirmou.
“Entendo que o gás é o que mais prejudica, né, o que mais pesa no orçamento do mais pobre. Vocês poderiam procurar o deputado estadual, o respectivo governador para ver o que pode fazer no tocante a ICMS do gás. Não é muito, dá pra ser feito, como eu fiz aqui zerando o imposto federal. Reconhecemos a dificuldade financeira dos estados, mas, com todo respeito, acima do estado, acima da União, está o povo que nos sustenta e nos mantém. Então, é o recado que eu dou.”