metropoles.com

Bolsonaro fala em indício de “maldade” contra jornalista e indigenista

Esposa de Dom Philips afirmou que os corpos dos dois foram encontrados. Autoridades ainda não confirmaram informação

atualizado

Compartilhar notícia

Google News - Metrópoles
Igo Estrela/Metrópoles
Bolsonaro eEvento de lançamento de Linhas de Crédito para Aquicultura e Pesca no palácio do Planalto
1 de 1 Bolsonaro eEvento de lançamento de Linhas de Crédito para Aquicultura e Pesca no palácio do Planalto - Foto: Igo Estrela/Metrópoles

O presidente Jair Bolsonaro (PL) disse, nesta segunda-feira (13/6), que os indícios levam a crer que foi feita alguma maldade com o jornalista britânico Dom Philips e com o indigenista Bruno Pereira, desaparecidos na região do Vale do Javari, no Amazonas, há oito dias.

Há pouco, a esposa de Dom Philips afirmou ao jornalista André Trigueiro que os corpos do profissional e do indigenista foram encontrados, mas as autoridades ainda não confirmam a informação.

Os indícios levam a crer que fizeram alguma maldade com eles, porque já foram encontradas, boiando no rio, vísceras humanas, que já estão aqui em Brasília para fazer o DNA. E pelo prazo, pelo tempo, já temos hoje oito dias, indo para o nono dia que isso tudo aconteceu, vai ser muito difícil encontrá-los com vida. Eu peço a Deus que isso aconteça, que os encontremos com vida, mas os informes, os indícios levam para o contrário no momento, disse Bolsonaro em entrevista à CBN Recife.

A declaração do mandatário foi dada ainda sem conhecimento da informação mais recente sobre os corpos.

Em seguida, Bolsonaro disse que o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Luís Roberto Barroso só se preocupou com esses dois, enquanto há dezenas de milhares de desaparecidos no país.

Na sexta-feira (10/6), o ministro do STF determinou que a União “adote imediatamente todas as providências necessárias à localização de ambos os desaparecidos, utilizando-se de todos os meios e forças cabíveis”.

“É dispensável o senhor Barroso dar uma de o dono da verdade e dar cinco dias para o presidente explicar ou achar esses dois que desapareceram lá na região amazônica. Estamos fazendo nossa parte. Agora, dizer para o senhor Barroso que dezenas de milhares desaparecem por ano no Brasil. Ele se preocupou só com esses dois. Nós, via Ministério da Mulher, da Família e dos Direitos Humanos, nos preocupamos com todos os desaparecidos no Brasil”, afirmou.

Organização das Nações Unidas (ONU) criticou a ação “extremamente lenta” do governo brasileiro e cobrou que as autoridades “redobrem esforços” nas operações de busca.

Bolsonaro tem dito que as Forças Armadas e a Polícia Federal (PF) têm se empenhado na “busca incansável” da dupla.

12 imagens
Contudo, nesse percurso, os dois desapareceram. As equipes de vigilância indígena da União dos Povos Indígenas do Vale do Javari (Univaja) fizeram as primeiras buscas, sem resultados
Segundo Pelado, a perseguição à lancha na qual Bruno e Dom estavam durou cerca de 5 minutos. Jeferson Lima, outro envolvido no crime, teria atirado contra Bruno, que revidou com tiros
Os suspeitos, então, teriam retirado os pertences pessoais das vítimas do barco em que estavam e o afundaram. Em seguida, queimaram os corpos de Dom e Bruno
O governo do Amazonas criou uma força-tarefa para auxiliar na busca dos desaparecidos e na investigação do caso
A região em que ocorreu o desaparecimento é de difícil acesso e faz fronteira com o Peru
1 de 12

Arquivo pessoal
2 de 12

Contudo, nesse percurso, os dois desapareceram. As equipes de vigilância indígena da União dos Povos Indígenas do Vale do Javari (Univaja) fizeram as primeiras buscas, sem resultados

Divulgação
3 de 12

Segundo Pelado, a perseguição à lancha na qual Bruno e Dom estavam durou cerca de 5 minutos. Jeferson Lima, outro envolvido no crime, teria atirado contra Bruno, que revidou com tiros

Divulgação/Funai
4 de 12

Os suspeitos, então, teriam retirado os pertences pessoais das vítimas do barco em que estavam e o afundaram. Em seguida, queimaram os corpos de Dom e Bruno

Redes sociais/reprodução
5 de 12

O governo do Amazonas criou uma força-tarefa para auxiliar na busca dos desaparecidos e na investigação do caso

Erlon Rodrigues/PC-AM
6 de 12

A região em que ocorreu o desaparecimento é de difícil acesso e faz fronteira com o Peru

Arte/Metrópoles
7 de 12

Alvo da cobiça de garimpeiros, o Vale do Javari é usado como rota para tráfico de cocaína

Adam Mol/Funai/Reprodução
8 de 12

Em 19 de junho, a polícia informou ter identificado outros cinco suspeitos que teriam atuado na ocultação dos cadáveres. Segundo a PF, “os executores agiram sozinhos, não havendo mandante nem organização criminosa por trás do delito”

Reprodução/Twitter/@andersongtorres
9 de 12

Dom Phillips, 57 anos, era colaborador do jornal britânico The Guardian. Ele se mudou para o Brasil em 2007 e morava em Salvador, com a esposa

Twitter/Reprodução
10 de 12

PF já apreendeu dois pescadores suspeitos de participar no desaparecimento

Reprodução/Redes sociais
11 de 12

Governo afirmou que faz buscas em meio aéreo, marítimo e terrestre

Reprodução/Redes sociais
12 de 12

No dia seguinte, a Univaja emitiu comunicado informando, oficialmente, o sumiço dos homens. Em seguida, equipes da Marinha, Polícia Federal, Ministério Público Federal e do Exército foram mobilizadas e deram início a uma operação de busca

Reprodução/Redes sociais

Dom Phillips e Bruno Pereira desaprareceram no domingo (5/6) na região do Vale do Javari, no Amazonas. Faziam pesquisa para um livro no qual Dom trabalhava. Ele era colaborador do jornal britânico The Guardian e tinha experiência na cobertura da região.

Bruno era servidor de carreira da Fundação Nacional do Índio (Funai) e estava de licença do órgão desde que foi exonerado, em 2019. Ele acompanhava o britânico na investigação sobre pesca e extração de madeira ilegal na região. Desapareceram no deslocamento a barco entre a comunidade ribeirinha de São Rafael e a cidade de Atalaia do Norte.

Quais assuntos você deseja receber?

Ícone de sino para notificações

Parece que seu browser não está permitindo notificações. Siga os passos a baixo para habilitá-las:

1.

Ícone de ajustes do navegador

Mais opções no Google Chrome

2.

Ícone de configurações

Configurações

3.

Configurações do site

4.

Ícone de sino para notificações

Notificações

5.

Ícone de alternância ligado para notificações

Os sites podem pedir para enviar notificações

metropoles.comNotícias Gerais

Você quer ficar por dentro das notícias mais importantes e receber notificações em tempo real?