Bolsonaro evita imprensa e apoiadores após denúncias contra Flávio
Suplente do senador afirmou que a PF teria antecipado informações sobre a Operação Furna da Onça, envolvendo o ex-assessor Fabrício Queiroz
atualizado
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O presidente Jair Bolsonaro (sem partido) deixou o Palácio da Alvorada nesta segunda-feira (18/05) sem dar qualquer declaração à imprensa ou a apoiadores, como faz costumeiramente. A interação do chefe do Executivo com a militância que se reúne todos os dias no cercadinho em frente à residência oficial não durou mais do que um minuto.
Este é o primeiro dia útil após o suplente de Flávio Bolsonaro (Republicanos-RJ), Paulo Marinho (PSDB-RJ), ter denunciado que a Polícia Federal teria antecipado informações sobre a Operação Furna da Onça, envolvendo o ex-assessor do senador, Fabrício Queiroz.
Um dos apoiadores chegou a dizer que apoiava tanto Bolsonaro quanto o filho. No entanto, não é possível saber se o presidente ouviu a mensagem.
“Nós confiamos no senhor, confiamos no Flávio e sabemos que o Marinho tá só aprontando”, disse o seguidor. Momentos depois, o chefe do Executivo entrou no carro e seguiu para o Palácio do Planalto.
A Polícia Federal informou, nesse domingo (17/05), que abriu procedimento investigativo para apurar as denúncias de Marinho, feitas durante entrevista ao jornal Folha de S.Paulo.
De acordo com a PF, o vazamento de informação foi objeto de uma primeira investigação. “Esclarece-se, ainda, que notícia anterior, sobre suposto vazamento de informações na Operação Furna da Onça, foi regularmente investigada pela PF por meio do Inquérito Policial n° 01/2019, que encontra-se relatado”, diz a corporação, em nota.
Bolsonaro vive mais uma crise no governo após acusações do ex-ministro da Justiça Sergio Moro. O ex-juiz da Lava Jato deixou o cargo e afirmou que Bolsonaro quis interferir politicamente na PF.
De acordo com Moro, o presidente pediu para ter acesso a relatórios de investigações dentro da corporação.