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Bolsonaro evita falar sobre Fabrício Queiroz: “Ele que responda”

Em frente ao Palácio da Alvorada, o presidente disse que o ex-assessor deve se acertar com o Ministério Público

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Reprodução/TV SBT
Fabrício Queiroz
1 de 1 Fabrício Queiroz - Foto: Reprodução/TV SBT

Após a descoberta do paradeiro de Fabrício Queiroz, o presidente Jair Bolsonaro (PSL) disse, neste sábado (31/08/2019), que o ex-assessor era de sua “confiança”, mas que deve responder pelas acusações no Ministério Público. “Conheço o Queiroz desde 1984, era uma pessoa de confiança. Esse problema quem tem de resolver é ele. Se funcionário botava dinheiro na conta dele, ele que responda”, comentou, na saída do Palácio da Alvorada.

O ex-assessor de Flávio Bolsonaro (PSL-RJ) e colega do presidente estava desaparecido desde que foi acusado por movimentações milionárias atípicas em sua conta. Ele é um dos alvos que estavam na mira do extinto Conselho de Controle de Atividades Financeiras (Coaf), junto ao filho do chefe do Executivo federal.

Queiroz foi localizado nesta semana no Hospital Albert Einstein, no bairro do Morumbi, em São Paulo, onde realiza tratamento para combater um câncer no intestino. No final de 2018, submeteu-se a uma cirurgia na mesma unidade de saúde, pouco antes de estourar o escândalo sobre o depósito de R$ 1,2 milhão em sua conta. Desaparecido desde janeiro, o bordão “Cadê o Queiroz?” se tornou popular entre políticos da oposição e nas redes sociais.

Em nota, o advogado Paulo Klein, que defende o ex-assessor, disse que recebe “com tranquilidade” as informações recentemente veiculadas. Apesar do sumiço, não há nenhuma ordem de prisão contra Queiroz nem mesmo determinação para que deponha, por isso ele não é considerado foragido. “Por enquanto, permanece calado”, pontuou a defesa.

Um relatório do Coaf mostra que ao menos 28 servidores da Alerj tiveram movimentações atípicas em suas contas bancárias com o mesmo padrão das realizadas por Fabrício Queiroz entre 2016 e 2017. Eles movimentaram valores acima de sua capacidade financeira, receberam depósitos de outros servidores da Casa e, em alguns casos, em datas próximas do dia de pagamento da Alerj.

A Polícia Federal suspeita da existência de um esquema de nomeação de funcionários fantasmas e posterior devolução de parte dos salários para deputados e servidores.

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