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Bolsonaro escolhe Marcelo Queiroga para substituir Pazuello na Saúde

Atual presidente da Sociedade Brasileira de Cardiologia será o quarto ministro da Saúde em um ano de pandemia

atualizado

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Geraldo Magela/Agência Senado
Marcelo queiroga aceita assumir ministerio saude governo bolsonaro
1 de 1 Marcelo queiroga aceita assumir ministerio saude governo bolsonaro - Foto: Geraldo Magela/Agência Senado

O presidente Jair Bolsonaro (sem partido) bateu o martelo e escolheu, nesta segunda-feira (15/3), o médico cardiologista Marcelo Queiroga para ser o novo ministro da Saúde, segundo relataram fontes ao Metrópoles.

Até a última atualização desta reportagem, a nomeação de Queiroga não havia sido publicada em edição extra do Diário Oficial da União (DOU), o que deve ocorrer nos próximos dias.

Ele assumirá a pasta no lugar do atual ministro, general Eduardo Pazuello, criticado pela forma como a pandemia vem sendo conduzida no país. Desde o ano passado, Bolsonaro subiu o tom contra governadores que recomendam o isolamento social, e o general seguiu o discurso “negacionista” do chefe do Executivo, como consideram críticos ao governo.

Também nesta segunda, Pazuello deu uma entrevista coletiva em tom de despedida. Disse que não pediu para ir embora, mas que o presidente Bolsonaro estava “reorganizando a pasta”.

Quarto ministro

Com a nova mudança no Ministério da Saúde, o médico será o quarto a ocupar o cargo desde o início do governo Bolsonaro, em 2019.

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Queiroga e ministro do Turismo
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Médico cardiologista Marcelo Queiroga

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O presidente começou o mandato ao lado do também médico Luiz Henrique Mandetta, que permaneceu no cargo de ministro por um ano e quatro meses. A exoneração do então ministro ocorreu em 16 de abril, ainda no início da crise do coronavírus.

Bolsonaro e Mandetta discordavam sobre como lidar com o combate à pandemia. O ex-ministro apoiava medidas de isolamento social adotadas por governadores e prefeitos, constantemente atacadas por Bolsonaro.

O médico também se negou a endossar o uso geral de medicamentos sem comprovação científica no tratamento da Covid-19, como defendeu o chefe do Executivo no início da pandemia, a exemplo da cloroquina.

Para o lugar de Mandetta, Bolsonaro escolheu o oncologista Nelson Teich, que permaneceu no cargo durante 28 dias. No período em que comandou a pasta, Teich manteve o posicionamento adotado por Mandetta, em defesa do isolamento social e contrário ao uso de medicamentos sem eficácia no tratamento da doença.

O oncologista, inclusive, negou-se a alterar o protocolo do Ministério da Saúde sobre o “tratamento precoce” da Covid-19. Dias depois, já com o general Pazuello no comando interino da pasta, o governo divulgou uma nota informativa com orientações para “manuseio medicamentoso precoce de pacientes com diagnóstico da Covid-19”.

Quem é Marcelo Queiroga

Marcelo Queiroga, de 55 anos, é médico formado pela Universidade Federal da Paraíba. Ele fez residência médica no Hospital Adventista Silvestre, no Rio de Janeiro, e treinamento em Hemodinâmica e Cardiologia Intervencionista, na Beneficência Portuguesa de São Paulo.

Atualmente é responsável pelo Departamento de Hemodinâmica e Cardiologia Intervencionista do Hospital Alberto Urquiza Wanderley, em João Pessoa (PB), e é presidente da Sociedade Brasileira de Cardiologia.

O médico tem no currículo intensa atuação na Associação Médica Brasileira (AMB) e na Sociedade Brasileira de Hemodinâmica e Cardiologia Intervencionista (SBHCI), que também presidiu.

É casado com uma pediatra e tem três filhos – uma é médica, outro está a caminho da mesma formação, e o terceiro filho é advogado.

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